sábado, 17 de maio de 2014

Maior é o Amor  |  Pr. Olavo Feijó

1 Coríntios 13:13 - Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. 

Ao terminar seu capítulo clássico sobre o amor, o Apóstolo Paulo concluiu: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor. Estes três, mas o maior destes é o amor” (I Coríntios 13:13).

Após uma rápida leitura sobre o capítulo Treze de I Coríntios, a conclusão natural é: amar não é possível. Aquelas características todas atribuídas ao amor simplesmente são impossíveis para um mero ser humano. De verdade, de verdade, haverá mesmo alguém que nunca julgue, nunca se irrita, nunca suspeita mal, que nunca busque seus próprios interesses?

O capítulo do amor só pode ser compreendido quando nós o encaramos como a continuação ao capítulo dos “dons do Espírito”, que é o doze. Amar à maneira do amor de Cristo é algo que só pode acontecer quando entendemos que o amor é uma dádiva do Espírito Santo em nos. Quando o Espírito nos conduz a Cristo, vivemos o impacto do “amor que excede a todo entendimento”. “Nós o amamos, porque Ele nos amou primeiro”. Somente recebemos o poder de amar ao próximo como a nós mesmos, quando nos submetemos a “amar ao Senhor sobre todas as coisas”. Crescer em Cristo é crescer na vivência do amor de Cristo e é neste contexto que o amor é o maior de todos os dons do Espírito.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Quando eu era menino

Por Claudio Santos

Quando eu era meninoQuando eu era menino
“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” (I Cor. 13:11).
Hoje vamos estudar sobre amadurecimento. O apóstolo Paulo estava falando de amor quando citou estas palavras. Mas, o que o amor tem a ver com amadurecimento??
Amadurecimento nada mais é do que deixar as coisas de menino. É priorizar a escala do equilíbrio na escola da vida. Amadurecimento é fortalecimento, e crescimento na arte de viver.
Quando crianças só entendíamos de brincadeirinhas e de outras coisas daquele tempo… Entendíamos quase nada sobre a natureza, as coisas, a política, economia, ciência e religião… nada destas coisas. Mas, a partir da adolescência e juventude vamos deixando as coisas de menino (nem todos) e, passamos a buscar novos horizontes, novos sonhos e novos projetos de vida, não é verdade? Na vida espiritual também é assim!
O Apóstolo Paulo falava à igreja de Corínto, a qual dava mais valor ao conhecimento e aos dons espirituais do que ao amor. Ali ele dissertava sobre o amadurecimento, um mudança de postura espiritual, pois o amor é eterno e as outras coisas são passageiras, são temporais como as velhas coisas de menino.
Em outras palavras Paulo ensinava àquela igreja que era chegada a hora do amadurecimento. A ênfase ao AMOR é o caminho mais excelente. O amor é um pequeno gesto para o próximo, a única chance de mudança para o mundo, e um grande passo para a eternidade.
“AINDA que eu falasse as LÍNGUAS dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o DOM DE PROFECIA, e conhecesse todos os mistérios e toda a CIÊNCIA, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
Quando conhecemos em parte e não descobrimos o novo deixamos de ter o privilégio de descobrir o que realmente interessa, que é o AMOR. Por isso, como meninos, podemos vagar por todo o vento de doutrinas, dando ênfase ao que não vale mais que o dom de amar.
Tantas igrejas dando todas as suas forças em favor dos dons de línguas ou dos dons de proetizar, por exemplo que se esquecem totalmente de amar. Esquecem de crescer (na fé). Esquecem de amadurecer, esquecem da eternidade, dando valor ao que é temporal, algo que vai passar.
Quando meninos entendíamos apenas de brincadeiras, diversão e já sabíamos algumas coisas sobre família, sociedade e também sobre o bem e o mal. Mas, entendíamos apenas em parte.
Como disse Paulo:
“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.”
Quando meninos gostávamos de leite, disputávamos corridas, vivíamos atrás de emoções extremas. Os olhos brilhavam!!!
Não obstante a “um tempo bom que não volta mais”, os perigos desta vida de menino só eram mitigados por causa dos olhares atentos de nossos pais. E, é ai que merecemos refletir:
-         Talvez não queiramos deixar de ser meninos; ou
-         Não precisamos mais dos olhares de nosso Deus sobre nós;
As nossas decisões nos farão seguir o caminho da bênção ou da maldição.

Como ser maduros na atitude e na fé

O apóstolo Paulo soube muito bem definir as fases de sua vida. Ele foi menino, falava, pensava e discorria como tal, mas depois dessa fase ele passou a ser homem.
Ora, quantos adultos a gente ainda pode vê nos dias de hoje, falando e também vivendo como meninos ou meninas, tanto nas emoções quanto na fé?
Nós vemos pessoas que deixaram as famílias por questões de intrigas infantis. Sofrem a vida toda procurando um sonho, às vezes nunca alcançado. Tanta utopia sem um propósito correto segundo a Palavra de Deus!…
Ora, coisas de menino como sonhar com viagem à lua, sonhar com projetos de outro planeta. É como viver nas nuvens em busca de um “olha, eu tô aqui” como que tivesse que suprir algo emocional que não foi suprido lá na infância… Querendo atrair a atenção para si, em vez de espalhar a atenção do reino de Deus pelo mundo. A rotina de muitos jovens cristãos nos dias de hoje é disputar eventos sem propósito do reino de Cristo. Era o que fazia o menino Saulo, disputa por um orgulho de sua religião. Que feio!!…
Casamentos que nunca deram certo ou que vivem em crise eterna são reflexos de “meninices” dos cônjuges. Há jovens que já experimentaram mais de 10 casamentos em menos de 10 anos, e hoje vivem divorciados, longe do caminho do céu, atropelando a tudo e a todos por conta de coisas de menino não resolvidas na alma, e que não desejam desapegar jamais!
Podemos ver casais que se separaram por causa de prioridades que davam às redes sociais, vaidades as quais idolatravam e invertiam os valores dos relacionamentos. Preferiram as brincadeiras, a vaidade ou o narcizismo em troca do AMADURECIMENTO. Até hoje podemos ver pessoas que destroem as suas amizades e relacionamentos por conta de “meninices” e falta de sabedoria emocional e espiritual.
Mas, voltando ao nosso apóstolo Paulo, vamos refletir no seguinte:
… logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino…”

A Infância e Juventude do Apóstolo Paulo.

Paulo, de Tarso, era um menino de descendência judaica, da linhagem de Israel, tribo de Benjamin (Fil. 3:5), apesar das coisas da idade, a cultura familiar influenciava fortemente a formação daquele menino. Saulo, como era chamado, apesar das coisas peculiares da infância, tinha os seus momentos de relevada seriedade. Ele lia na Sinagoga desde os 5 anos de idade como todos os meninos de sua cultura, era estudioso da Lei e mergulhava aos poucos na história, nos costumes, na língua e na religião de seu povo também.
Na adolescência, aprofundou ainda mais seus conhecimentos na Escola de Gamaliel, uma escola rabina de elevada influência entre os fariseus. Nesta escola ele decidiu dedicar-se à arte de fazer tendas de tecido de pelo e cabra, uma verdadeira indústria de sua época. Mais tarde, a renda deste trabalho faria uma grande diferença na sua vida missionária. Todo o conhecimento de Paulo foi revertido aos verdadeiros propósitos de Deus. Quanto mais conhecimento, mais serviço, mais humildade. (Ler também o artigo “A Carreira do Apóstolo Paulo neste site).
Após a sua formatura, lemos no livro de Atos que ele retornou à Jerusalém, e, por força da cidadania, passou a dedicar-se absolutamente na perseguição da igreja de um tal de Jesus, lá de Nazaré, ao qual seu próprio povo resolvia seguir, porém, violentamente combatido pelos religiosos e intelectuais. Saulo era um deles. (I Cor. 15:9).
Segundo a escola que Saulo estudou, e segundo a tradição religiosa de sua época, os “hereges” (cristãos como o missionário Estevão, levado à morte por apedrejamento, que foi uma verdadeira aula de horror a céu aberto, assistida pelo menino Saulo) deveriam sofrer e desaparecer da face da terra. Ora, tanto conhecimento para enfatizar a morte de irmãos? (Atos 7:60).
Contextualizando, a ciência não é o mais importante para o reino de Cristo. Assim como os dons espirituais não tem valor algum sem a arte de amar.
Pensando fora da caixa, às vezes estuda-se tanto, deseja-se tanto conhecimento, tanta cultura, tanta letra e, tanta letra… que nem percebe-se que a própria letra, assim como a ignorância, pode vir a tornar-se cega e homicida. Só o espírito pode devolver a fé e a vida.
Às vezes estuda-se tanto a Bíblia, fala-se tanto em línguas, desvenda-se tanto mistério, profetiza-se tanto, e tantos outros métodos religiosos e coisas temporais são exaustivamente empregadas pelas instituições religiosas, que, INFELIZMENTE a igreja não dispõe mais de tempo para o MAIS IMPORTANTE que é AMAR e pregar o evangelho do reino de Cristo POR ESSE AMOR. E, pasmem, esse é o verdadeiro propósito da palavra de Deus!
Não se prega o evangelho por falsos interesses, PREGA-SE POR AMOR!
Mas, no caso intelectual de Saulo, a sua inteligência o fazia esquecer do amor e da vida, preferindo a altivez de seu partido político em vez da humildade de seu coração.
O próprio Paulo escreveu sobre isso, quando mais amadurecido:
O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.” (II Cor. 3:6).

O Tempo de amadurecer chegou!

Filhinhos, chega a hora em que devemos deixar de brigar por carrinhos ou bonecas. Chega o dia em que devemos aprender humildemente a ceder lugar para os outros em vez de continuar “apostando corridas’ como meninos. É chegado o dia de seu amadurecimento!
É hora de parar de brigar por microfones, púlpitos, unção e dons espirituais nas igrejas. Lembre-se: Paulo ensinou que sem amor dom nenhum faz sentido na vida. (I Cor. 13).
E, em casa? Na família? Ora em casa, é hora de parar de disputar por elogios, por posições, por dinheiro, por bens, posses, herança, direito de primogenitura, por fé, etc. É chegado o tempo de amadurecimento na sua casa também em nome de JESUS!

Brasil, não adianta ser cristão, tem que ser adulto na fé

Quando criança às vezes precisamos ser disciplinados (sabiamente) pelos pais. É uma forma da criança sair da rebeldia peculiar à idade e avançar para o crescimento moral, da ética e da cidadania.
Hoje, infelizmente, em nosso país vemos muitos “meninões” de 20 a 50 anos de idade depredando os bens públicos nos grandes e pequenos centros, levando a sociedade a prejuízos inconsequentes e irreversíveis como a morte de inocentes, por exemplo nos estádios, nas via públicas, nos ônibus, etc. E ainda julgam-se “fortes” ou “intelectuais” por isso?? Não são poucos os jovens cristãos que às vezes são influenciados por estes “movimentos” do diabo.
Sabe qual é o problema? Carência. Carência de atenção, carência de orientação dos pais; falta de ensino e de sábia disciplina lá na infância. Inseguro, na juventude, o jovem não deseja mais ouvir a sábia voz de seus pais, considerados por ele como “ultrapassados”, e o resultado disso, geralmente é a perdição, escravidão da mente ou do corpo, reclusão social ou a até própria morte, levando centenas de mães ao pranto em nosso país. Mas, a verdade é que cada dia deve ser um dia de amadurecimento. Forte não é quem destrói um reino pela força de seu braço. Forte é quem o constrói sem guerras como Jesus fez!
Ah, e para os “intelectuais”, digo, Jesus não deixou um legado de guerra e, sim um legado de amor, de paz e de justiça, legado esse, que hoje tem sido subvertido pela ignorância dos “sábios”.
Salomão já ensinava:
Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe,
Porque serão como diadema gracioso em tua cabeça, e colares ao teu pescoço.
Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites
Se disserem: Vem conosco a tocaias de sangue; embosquemos o inocente sem motivo;
Traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova;
Acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;
Lança a tua sorte conosco; teremos todos uma só bolsa!
Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas;
Porque os seus pés correm para o mal, e se apressam a derramar sangue.
Na verdade é inútil estender-se a rede ante os olhos de qualquer ave.
No entanto estes armam ciladas contra o seu próprio sangue; e espreitam suas próprias vidas.
São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem. (Pv. 1:8-19).

Os olhares de Deus garante uma vida com propósitos

O Apóstolo Paulo, ainda não conhecia a Jesus como Deus, foi necessário que o próprio Jesus se manifestasse a ele pessoalmente. Saulo, não sabia mas estava sendo “grampeado” pelo céu. Chegaria a hora de uma intervenção divina para levá-lo ao caminho certo!!
Em uma de suas perseguições aos judeus que se entregavam ao cristianismo, o arrogante, blasfemo e violento Saulo na terra foi interrompido pelo céu. A altivez religiosa, o homem religioso, o homem natural precisavam cair do cavalo para render o verdadeiro conhecimento aos propósitos corretos da Palavra de Deus. Saulo era doutor em tudo, menos em Jesus.
“Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Is. 43:13).

O amadurecimento do Apóstolo Paulo

Em Atos Capítulo 9, podemos ver que a meninice de Saulo o levou às mais impensadas tragédias de sua história.
Ao chegar o amadurecimento, Paulo, como conhecemos hoje, finalmente cresceu, largou de mão a rebeldia de seu coração e abandonou as filosofias sem propósitos.
Hoje esse verdadeiro apóstolo é um dos maiores exemplos de vida para a igreja de cristo e até para a humanidade!!

Conclusão

Devemos imitar a Paulo, deixando de ser meninos, nos entregando aos cuidados e dependência de Deus.
Deixar todos os ensinos de engano, e seguir os propósitos corretos da vida, foi o passo mais inteligente que Paulo deu em toda a sua história! Nos deixou em excelente legado de compaixão, fé, perseverança e, sobretudo o amor. Exceto a morte na cruz pela humanidade, uma verdadeira imitação daquele verdadeiro legado já deixado pelo Mestre JESUS!!
Jesus disse uma vez: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.” (João 1:50)
Paulo, ainda Saulo, foi um menino dedicado à família, aos estudos e à sociedade. Ele era um homem muito sábio para a sua cultura, menos para a cultura do DE AMOR do reino de Cristo, até que um dia ele cresceu, deixou de ser menino.

Reflexão
“Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens… e não segundo Cristo”(Colossenses 2:8).
Até a próxima!
Claudinho Santos

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Compreendendo o Perdão – 

Compreendendo o Perdão –
Compreendendo o Perdão – Parte 1“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”.  (Mateus 5.23,24)
 
A reconciliação não é algo a ser praticado somente entre nós e Deus, mas também para com nossos irmãos. Reconhecemos, que, à semelhança da cruz, também temos duas linhas do fluir da reconciliação: a vertical (o homem com Deus) e a horizontal (entre os homens). O mesmo perdão que recebemos de Deus deve ser praticado para com nossos semelhantes.
 
QUEM NÃO PERDOA NÃO É PERDOADO
 
O perdão (ou a falta dele) faz muita diferença na vida de alguém. A reconciliação horizontal determina se a vertical que recebemos de Deus vai permanecer em nossa vida ou não. A palavra de Deus é clara quanto ao fato de que se não perdoarmos a quem nos ofende, então Deus também não nos perdoará. Foi Jesus Cristo quem afirmou isto no ensino da oração do Pai-nosso:
 
“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. (Mateus 6.14,15)
 
Deus tem nos dado seu perdão gratuitamente, sem que o merecêssemos, e espera que usemos do mesmo espírito misericordioso para com quem nos ofende. Se fluímos com o Pai Celestial no mesmo espírito perdoador, permanecemos na reconciliação alcançada pelo Senhor Jesus. Contudo, se nos negamos a perdoar, interrompemos o fluxo da graça de Deus em nossa vida, e nossa reconciliação vertical é comprometida pela ausência da horizontal. Cristo também nos advertiu com clareza sobre isto em uma de suas parábolas (faladas num contexto que envolvia o perdão):
 
“Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar contas com os seus servos. E passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o seu senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, e que a dívida fosse paga. Então o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: paga-me o que me deves. Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus companheiros o que havia se passado, entristeceram-se muito, e foram relatar ao seu senhor tudo o que acontecera. Então seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida. Assim também o meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”.  (Mateus 18.23-35)
 
O significado desta ilustração dada por Jesus Cristo é muito forte. Temos um rei e dois tipos de devedores. Se a parábola ilustra o reino de Deus, então o rei figura o próprio Deus. O primeiro devedor tinha uma dívida impagável, enquanto que a do segundo estava ao seu alcance. Não há como comparar a dívida de cada um. Dez mil talentos da dívida do primeiro servo era o equivalente a cerca de 200.000 dias de trabalho, enquanto que os cem denários que o outro servo devia era o equivalente a apenas cem dias de trabalho. Esta diferença revela a dimensão da dívida que cada um de nós tinha para com Deus, e que, por ser impagável, estávamos destinados à prisão e escravidão eterna. Contudo, sem que fizéssemos por merecer, Deus em sua bondade, nos perdoou. Portanto, Ele espera que façamos o mesmo. O cristão que foi perdoado de seus pecados e recusa-se a perdoar um irmão – seu conservo no evangelho – terá seu perdão revogado.
 
Isto é muito sério. As ofensas das pessoas contra a gente não são nada perto das nossas ofensas que o Pai Celestial deixou de levar em conta. E a premissa bíblica é de que se pudemos ser perdoados por Ele, então também devemos perdoar a qualquer um que nos ofenda.
 
A FALTA DE PERDÃO É UMA PRISÃO
 
Quem não perdoa, está preso. Lemos em Mateus 18.34: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida”. A palavra verdugo significa “torturador”. Além de preso, aquele homem seria torturado como forma de punição. A prática do ministério nos revela que o que Jesus falou em figura nesta parábola é uma realidade espiritual na vida de quem não perdoa. Os demônios amarram a vida daqueles que retém o perdão. Suas torturas aplicadas são as mais diversas: angústia e depressão, enfermidades, debilidade física, etc.
 
Muita gente tem sofrido com a falta de perdão. Outro dia ouvi alguém dizendo que o ressentimento é o mesmo que você tomar diariamente um pouco de veneno, esperando que quem te magoou venha a morrer. A falta de perdão produz dano maior em quem está ferido do que naquele que feriu. Por isso sempre digo a quem precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento, porque acrescentar um outro maior (a mágoa)”?
 
Alguns acham que o perdão é um benefício para o ofensor. Porém, eu digo que o benefício maior não é o que foi dado ao ofensor, mas sim o que o perdão produz na vítima, naquele que está ferido. Sem perdão não há cura. A doença interior só se complica, e a saúde espiritual, emocional e física da pessoa ressentida é seriamente afetada. Em outra porção das Escrituras (onde o contexto dos versículos anteriores é o perdão), vemos o Senhor Jesus nos advertindo do mesmo perigo:
 
“Entra em acordo sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”.  (Mateus 5.25,26)
 
Não sei exatamente como é está prisão, mas sei que Cristo não estava brincando quando falou dela. A falta de perdão me prende e pode prender a vida de mais alguém. Isto é um fato comprovado. Tenho presenciado gente que esteve presa por tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre. Isto também pode acontecer com você, basta decidir perdoar.
 
Por Luciano Subirá - Orvalho.com

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Barnabé, a liderança madura

Por Claudio Santos

“E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo.
Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus.
E andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo”… (Atos 9:1-31)

Só líderes seguros delegam poder a outros. Barnabé nos dá essa lição.

Uma das coisas que mais alegram o coração de um líder é ver pessoas sendo bem-sucedidas. Mas, existe uma coisa ainda melhor que isso: fazer parte do sucesso da outra pessoa. Quando isso acontece, o sucesso do discípulo se torna o sucesso do líder também!Podemos aprender com Barnabé. De todos os líderes das Escrituras, ele parece ser o mestre em levar as pessoas a níveis mais altos. Até o próprio nome pelo qual ele era conhecido tinha a ver com esta característica. Seu nome verdadeiro era José, mas todo o mundo o conhecia como Barnabé, que significa ‘ENCORAJADOR” (Atos 4:36).
Barnabé era administrador do templo (levita), ministrava e exortava com firmeza. Era mesmo alguém que se preocupava com o crescimento espiritual dos crentes. Ele acreditou em Paulo quando todos ainda desconfiavam de sua visão transformadora que ocorreu ao encontrar com Jesus em seu caminho.
O encorajamento pode ser uma forma fantástica de delegar poder.Se você como líder limita as pessoas está limitando seus ministérios e a si mesmo também. Mas, se você as levanta, então não há lugar distante demais aonde elas ou você possam chegar!
Se as barreiras de organização não crescem dentro de um projeto de Deus, pode ser porque o líder está centralizando poderes em vez de delegar autonomia e segurança a outros líderes.

O verdadeiro líder forma novos líderes

Se o líder não forma um novo líder deve ser por insegurança, imaturidade ou incredulidade. Só os líderes seguros são capazes de se doar. O único modo de se tornar indispensável é se fazer indispensável. Em outras palavras, se você conseguir continuamente delegar poder aos outros e ajudá-los a amadurecer seus sonhos e projetos, ajudá-los a evoluir e voar como as águias, você se tornará mais valioso para qual for o seu chamado ministerial.

Jesus ensinou sobre a autoridade do líder

Lembre-se: nenhuma autoridade você teria se do céu você não a tivesse recebido. Portanto, cautela com o poder de decisão que você tem em suas mãos. Suas ações podem ser seguras, firmes e consistentes, mas se não tiver AMOR, nada disso se aproveitará.Firmeza não é sinal de abuso, é uma ação característica da autoridade e depende do episódio. JESUS foi um líder “situacional”.
Ele agia com FIRMEZA contra os “fariseus” e usava de infinita misericórdia para com os humildes. Simples, né?! Ou não!… Um pouco de desenvolvimento com aprimoramento o levará a saber como manifestar a autoridade que Deus lhe deu para dirigir, desenvolver e formar pessoas para novas lideranças.

O líder precisa de fé, pois sem fé é impossível agradar a Deus

Nossos heróis da Bíblia agiram pela fé. Deus não se agrada de líderes e profetas medrosos. Todo o líder necessita de ousadia em seus projetos. Se estiverem de acordo com o chamado de Deus. Siga com segurança e toda a sua equipe de fé seguira você! Se seus seguidores estiverem inseguros, admita que é hora de reavaliar a sua liderança. Esses ícones da fé confiavam não em sua força, mas na força do DEUS DOS EXÉRCITOS!
Vejamos o que diz Hebreus 11:33-40
“… Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,
34 Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.
35 As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;
36 E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.
37 Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados
38 (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
39 E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,
40 Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados”.

Líderes de fé seguem seguros e determinados em suas ações porque CONFIAM em Deus. Quando confiamos a nossa liderança ao Deus de TODA Autoridade e Poder, nada mais teremos a temer! Dessa forma a obra da semeadura se multiplicará madura e sobrenatural!!
Sigam seguros (No SENHOR).
Paz queridos,
Claudinho Santos