quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Evangélicos do mundo todo lembram hoje o início da Reforma Protestante



Com suas teses, Martinho Lutero mudou a história 495 anos atrás
por Jarbas Aragão

  • Evangélicos do mundo todo lembram hoje o início da Reforma ProtestanteEvangélicos do mundo todo lembram hoje o início da Reforma Protestante
    Em 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses, na porta da Catedral de Wittenberg (Alemanha). Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome “Reforma”.
    A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja. Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada “a” igreja, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus e da Bíblia, o reformador de uma igreja corrupta.
    O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos lideres religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras.
    Conta-se que muita coisa mudou dentro daquele monge até então submisso ao papa quando, em 1515, Lutero começou a dar palestras sobre a Epístola aos Romanos. Ao estudar as Escrituras se deparou com o primeiro capítulo de Romanos, que decretava “o justo viverá pela fé”. Desvendava-se diante dele o que é conhecida como “justificação pela fé”, ou seja, a justificação do pecador diante de Deus não é por um esforço pessoal, mas sim um presente dado àqueles que acreditam na obra de Cristo na cruz.
    O movimento encabeçado por Lutero ocorreu durante um dos períodos mais revolucionários da história (passagem da Idade Média para o Renascimento) e mostra como as crenças de um homem pode mudar o mundo.
    A controvérsia acabou sendo, segundo historiadores, maior do que Lutero pretendia ou imaginara. Porém, ao atacar a venda de indulgências por parte da igreja, acabou opondo-se ao lucro obtido por pessoas muito mais poderosas do que ele. Segundo Lutero, se era verdade que o Papa tinha poder de tirar as almas do purgatório, devia usar esse poder, não por razões egoístas, como a necessidade arrecadar fundos para construir uma igreja, mas simplesmente por amor, e devia fazê-lo gratuitamente. A idolatria aos santos também foi um dos grandes pontos de discórdia com os lideres católicos.
    A maioria dos historiadores concorda que Lutero teria tentado apresentar seus argumentos ao Papa e alguns amigos de outras universidades. No entanto, as teses colocadas na porta da Catedral de Wittemberg e os muitos argumentos teológicos impressos e distribuídos por ele nos meses seguintes, acabaram se espalhando por toda a Europa, fazendo com que ele fosse chamado ao Vaticano para se retratar perante o Papa. A partir de então, entrou abertamente em conflito com a Igreja Católica.
    Acabou excomungado em 1520, pelo papa Leão X. Alegava-se  que ele incorria em “heresia notória”. Devido a esses acontecimentos, Lutero temendo a morte, ficou exilado no Castelo de Wartburg, por cerca de um ano. Durante esse período trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, resultando na impressão do Novo Testamento em setembro de 1522.
    Sobre o legado de Lutero, o famoso pastor Charles Spurgeon escreveu:
    “Lutero aprendeu a ser independente de todos os homens, pois ele lançou-se sobre o seu Deus! Ele tinha todo o mundo contra ele e ainda viveu alegremente.
    Se o Papa excomungou, ele queimou a bula de excomunhão! Se o Imperador o ameaçou, ele alegrou-se porque se lembrou das palavras do Senhor: “Os reis da terra se levantam, e os príncipes dos países juntos. Aquele que está sentado nos céus se rirá” (Salmo 2).
    Quando disseram-lhe: “Onde você vai encontrar abrigo se o Príncipe Eleitor não protegê-lo?”. Ele respondeu: “Sob o escudo amplo de Deus”. Lutero não podia ficar parado. Ele tinha que escrever e falar! E oh, com que confiança ele falou! Abominava as dúvidas sobre Deus e as Escrituras!”
    Para algumas vertentes do catolicismo, os protestantes são hereges. Para outras, “irmãos separados”. O movimento originado por Lutero ficou conhecido como Protestantismo e seus seguidores como “protestantes”. O termo é pouco comum no Brasil, onde se prefere usar “evangélicos”. As informações são do Protestante Digital.
    Conheça as 95 teses aqui

    terça-feira, 30 de outubro de 2012

    Saul e a armadilha do espiritismo Texto Bíblico: 1Sm 28.3-25.


     Assim que você ler esta passagem das Escrituras, concordará que aqui está um fato histórico horrendo, bem como uma solene advertência quanto ao perigo desta antiga e, ao mesmo tempo, moderna heresia. Por que é que as pessoas se envolvem com feitiçarias, bruxarias e ocultismo? Por que Saul fez isto? Porque ele estava fora da comunhão com Deus, deprimido e perturbado.
    Algumas pessoas atualmente, aflitas e tristes, procuram conforto através da comunicação com seus queridos que partiram. É evidente que a Pitonisa de Endor não esperava que Samuel falasse, muito menos aparecesse (v.12).  Este incidente é, portanto, um forte argumento contra a teoria que os médiuns atualmente mantêm contatos com aqueles que partiram, e é um argumento para outros que acreditam – que as vozes que se ouvem nas sessões espirituais, na verdade, são vozes dos espíritos maus que personificam os mortos. O fato de que Samuel, e não um espírito personificado, apareceu e falou, foi um grande choque para a Pitonisa, e para Saul, e também foi uma contribuição para uma intervenção de Deus.
    Há sete declarações bem claras que nos mostram que devemos rejeitar toda forma de espiritismo e ocultismo.
    1. O Espiritismo é um laço do Diabo.
    Esteja seguro a isto: não é coisa de Deus, mas do Diabo. O grande objetivo de Satanás é cegar as mentes dos homens (2Co 4.4). Isto é a explicação da presença de algumas religiões e cultos falsos no mundo atual. A maneira de o Diabo cegar os homens é usando a verdade. Ele não se incomoda por alguém estar  seguindo entusiasmado  alguma doutrina, contanto que fique na ignorância da verdade de Deus. Portanto, acautele-se, fique prevenido.
    O Espiritismo não é somente uma forma que Satanás usa para escravizar, mas também uma espécie de adoração a ele mesmo. Todos aqueles que mergulham no Espiritismo, ou em alguma outra forma de ocultismo, estão aceitando as mentiras do Diabo em lugar de revelação de Deus (2Ts 2.1-12).
    2. O Espiritismo, quando praticado, indica um estado de incredulidade e apostasia.
    O cristão, verdadeiramente convertido, que está vivendo em comunhão com o Senhor, não deve buscar refúgio no Espiritismo. Qualquer pessoa, seja onde for, que esteja engajado em práticas espíritas, está fora da comunhão com o Senhor – como foi o caso de Saul, (v.6).
    Como é triste quando um cristão, ainda que esteja sendo esmagado pela separação de um ente querido, se desvia do conforto de Deus para buscar o conforto do deus deste século –  O Diabo!. (2Co 1.3,4).
    3. Espiritismo está em desenvolvimento e é um dos sinais dos últimos dias.
    Provavelmente, nunca houve um tempo quando esta heresia abundasse mais do que nos dias atuais. De certo modo, isto nos encoraja para anunciar o retorno próximo do Senhor Jesus Cristo (Cf. 1Tm 4.1,2); indica que vivemos nos “últimos dias”.
    É preciso ser completamente esclarecido disto, e das muitas fraudes do Espiritismo. Aqueles que frequentam as sessões espíritas e ouvem vozes, murmurações e que vêem visões, estão inteiramente enganados. Quando dizem que ouvem vozes de seus amados e que os estão vendo, estão presenciando, na verdade, uma forma de personificação demoníaca manifesta a alguém que está fora da comunhão com Deus.
    4. O Espiritismo é descrito nas Escrituras como uma das obras da carne.
    Leia Gl 5.19,20. – não é fruto do Espírito – Veja Gl 5.22,23. Todos que professam ser cristão e, ao mesmo tempo, crêem no Espiritismo, devem ser questionados da seguinte forma: Se você tem crucificado a carne, como está praticando a “feitiçaria” que é obra da carne? – (Gl 5.24,25).
    5. O Espiritismo é uma abominação aos olhos do Senhor e, portanto, é enfaticamente proibido pela Palavra de Deus.
    Como alguém que conhece a Palavra de Deus se torna espírita, quando a mesma Palavra adverte claramente contra o perigo do Espiritismo? Leia cuidadosamente os seguintes textos: Êx 22.18;  Lv 19.26,31;  20.6,27;  Dt 18.10-12;  2Cr 33.6;  Is 8.19,20;  At 16.16-18 e 19.19.
    6. O Espiritismo é um inimigo da fé cristã.
    As chamadas Igrejas Cristãs Espiritualistas e pessoas que estão a elas engajadas e advogam os métodos do Espiritismo, na realidade, são lobos vestidos de ovelhas (Mt 7.15). Ser um espírita verdadeiro é ser alguém que rejeita a Palavra de Deus, é ser inimigo da fé cristã.
    Note que: (1) Os espíritas rejeitam a inspiração e a autoridade das Escrituras; (2) Eles têm uma concepção não bíbliaca de Deus, de Cristo, do Espírito Santo e da Igreja; (3) Não aceitam a virtude da expiação pelo sangue de Cristo; (4) Eles crêem na salvação pelas obras; e (5) Negam a existência dos espíritos maus, do Diabo, do juízo final e do inferno e diminuem o peso do pecado.
    7. O Espiritismo leva ao desapontamento, à desilusão, à ignorância, ao desespero e à destruição final.
    Ele prejudica física, mental, moral, espiritual e eternamente – veja e compare Ap 21.8 e 22.15. Se você tem alguma ligação com o Espiritismo, deve abandoná-lo (2Co 6.14-18). Se você conhece algum espírita ou alguém que está interessado – ore por ele! Para estar seguro leia o que diz 1Cr 10.13,14.
    Certamente, o que temos dito em relação ao Espiritismo, também se aplica igualmente a toda forma de ocultismo. Alguns anos atrás, Dr. A T Pierson emitiu a seguinte advertência: “Intrometer-se com este terrível reino dos espíritos poderá nos tornar influenciados por forças e agentes malignos. Não somente Deus, mas os espíritos maus exercem influência sobrenatural sobre nós… O diabo pode influenciar aos homens através de poderes do seu reino; é uma aventura no território do desconhecido, e nos leva a correr riscos, riscos que são proporcionados pelo êxito da nossa experiência!”
    Diante disto, devemos “não crer em todo espírito, mas provar se os espíritos vêm de Deus” (1Jo 4.1).
    Como podemos prová-los?
    (1) O que eles dizem está em harmonia com a Palavra de Deus? (Is 8.19,20); e
    (2) Eles confessam que Jesus Cristo veio em carne (1Jo 4.3)?

    Adilson Faria Soares

    segunda-feira, 29 de outubro de 2012

    Velho X Novo


    Jesus diz a eles uma parábola: “Ninguém tira um pedaço de uma roupa nova para a coser em roupa velha, pois romperá a nova e o remendo não condiz com a velha. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; de outra sorte o vinho novo romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão; Mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos, e ambos juntamente se conservarão” (Lc 5:36-39).
    Esta parábola explica a impossibilidade de se misturar Lei e graça. O contexto aqui é a comparação que os fariseus fazem entre os discípulos de João Batista, que pertencem à velha ordem de coisas, e os discípulos de Jesus, que o recebem com a alegria de uma noiva na companhia de seu noivo.
    É impossível fazer os princípios da graça se encaixarem no velho sistema da Lei. Não se tira um pedaço do novo para costurar no velho; a graça e a Lei nunca poderão andar juntas. De igual modo ninguém colocaria vinho novo, ainda em fermentação, em um velho saco de couro que guardou vinho velho e já não tem a elasticidade necessária para o novo. O vinho novo precisa ser colocado em um odre novo para que ambos se conservem.
    O que é novo tem uma energia que é destrutiva quando em contato com a velha ordem de coisas. Sempre que alguém tenta juntar Lei e graça acaba ficando sem nenhuma delas: a Lei deixa de ser Lei e a graça deixa de ser graça. O cristianismo é algo completamente novo que vem de uma revelação direta de Deus. Não é um conjunto de regras, ordenanças, cerimonias, objetos sagrados, clero, templo, altares e tantas coisas que faziam parte da antiga dispensação dada a Israel.
    Mas será que o homem quer a “roupa nova”? Será que ele aprecia o “vinho novo”? Não, e a prova disso é que a maioria das religiões cristãs não passa de adaptações do judaísmo, com maior ou menor grau de elementos judaicos costurados em sua adoração, ofícios e instalações. Jesus complementa seu discurso dizendo: “E ninguém tendo bebido o velho quer logo o novo, porque diz: Melhor é o velho” (Lc 5:39).
    Sem dúvida, a velha ordem de coisas do legalismo judaico é mais adequada ao homem no seu estado natural. Mas a graça é sobrenatural. É apenas pela fé que alguém consegue enxergar que a graça é tão adequada a Deus quanto ao novo homem. Mas o homem, em sua carne, irá perguntar: “O que posso fazer? O que não posso fazer?”. Por ainda não ter em si a nova vida, ele irá se apegar ao velho sistema da Lei, do tipo “Faça isso!”, “Não faça aquilo!”, que é mais condizente com sua velha natureza. Por isso ele dirá: “Melhor é o velho”.
    Autor: Mario Persona

    domingo, 28 de outubro de 2012

    Somos uma igreja enviada


    Sempre que Deus teve uma tarefa importante a cumprir, Ele mandou alguém para fazer isso. Toda missão requer um remetente, o enviado, aqueles a quem é enviado e uma atribuição. Jesus envia a igreja ao mundo para pregar a salvação a todas as pessoas e nações. Ele comissionou a sua igreja em cinco diferentes ocasiões, em cinco diferentes endereços, em cinco configurações geográficas e com cinco ênfases diferentes.
    Primeiro, o Evangelho de João.
    Em ordem cronológica, Jesus comissionou a sua igreja, na noite do dia da sua ressurreição: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20.21). Neste texto de João, Jesus dá o modelo da missão: o trabalho missionário da igreja é a continuidade da missão de Deus. Assim como o Pai enviou o Filho, o Filho enviou os filhos do Pai. A missão da igreja é a missão de Deus.
    Segundo, o Evangelho de Mateus.
    “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28.18-20). Neste texto, Jesus dá a estratégia da missão: sob a autoridade de Jesus, a igreja deve ir, discipular, batizar e ensinar pessoas de todas as nações da terra. Isso inclui evangelismo, discipulado e plantação de igrejas.
    Terceiro, o Evangelho de Marcos.
    “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15). Neste texto, Jesus dá a dimensão da missão: ir por todo mundo e pregar a toda criatura. Trata-se de uma missão mundial, que envolve toda a população da terra. O evangelho deve ser pregado às pessoas de todas as tribos, línguas e nações.
    Quarto, o Evangelho de Lucas.
    “A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24.44-49). Neste texto de Lucas, Jesus dá a mensagem da missão: pregar o evangelho segundo a Bíblia, enfatizando que Jesus é o Messias Salvador que pode perdoar e salvar a todo pecador que se arrepender dos seus pecados. A mensagem revela o pecado do homem e apresenta a solução da graça de Deus para a salvação.
    Quinto, em Atos dos Apóstolos.
    E no dia da sua ascensão, Jesus disse: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8). Neste texto de Atos, Jesus revela a capacitação para realizar a missão: o poder do Espírito Santo. O trabalho humano com fins espirituais só será bem sucedido pelo poder divino e sobrenatural do Espírito. Sem o poder do Espírito nada realizaremos.
    Estes cinco textos acima compõem a carta magna missionária da igreja até a Segunda Vinda de Jesus Cristo. Cabe-nos a humildade tarefa de cumpri-los.
    Autor: Arival Dias Casimiro

    sábado, 27 de outubro de 2012

    Restaurando o temor a Deus


    O temor a Deus é a joia perdida na igreja hoje. A irreverência e a falta de respeito a Deus é uma marca registrada da nossa geração. Perdemos a admiração e a consideração por Deus. Mas, nem sempre foi assim. O temor do Senhor estava presente no coração dos primeiros crentes. A igreja primitiva crescia e se edificava, porque caminhava no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo. Os crentes obedeciam ao mandamento: “Temei a Deus” (1Pe 2.17; Dt 13.4).
    Precisamos urgentemente resgatar ou restaurar o temor a Deus, em nossas vidas. A palavra “temor” significa a qualidade positiva de “respeito”, “reverência” e “piedade”. Deus é o seu objeto: “Seja Ele o vosso temor” (Is 8.13). Para restaurar esse temor a Deus precisamos dar três passos:
    Primeiro, reconhecer a importância do temor a Deus.
    O temor a Deus é algo preciosíssimo. Ele resume o sentido da vida: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: teme a Deus e guarda os Seus mandamentos” (Ec 12.13). Ele é que faz a vida valer a pena. Infelizmente, os ímpios são destituídos dele (Sl 36.1; Rm 3.18). Para o crente, é necessário a adoração a Deus (Sl 89.7), no serviço a Deus (Hb 12.28), na busca pela santificação (2Co 7.1), para evitar o pecado (Gn 39.9), para a integridade da liderança (Ne 5.15) e para ser abençoado por Deus (Sl 112). O temor a Deus é importantíssimo para o crente, pois ele é o “tesouro” dos crentes (Is 33.6), o princípio da sabedoria (Pv 1.7), a fonte de vida (Pv 14.27) é aquilo que faz a diferença entre o justo e o ímpio (Ml 3.16).
    Segundo, devemos buscar a restauração do temor a Deus.
    Deus é quem põe o seu temor nos corações humanos. “Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jr 32.39-40). Se Ele põe, Ele preserva e restaura. Ele restaura de duas maneiras: (1) Quando pedimos a Ele em oração. “Dispõe-me o coração para só temer o teu nome” (Sl 86.11). A oração nos coloca em contato com o Deus Santo, que nos comunica a sua santidade. (2) Quando estudamos a sua palavra. Deus ordenou a Moisés que a lei deveria ser lida ao povo de sete em sete anos, para que o povo aprendesse a temer ao Senhor (Dt 31.9-13). Por isso o salmista diz: “Vinde, filhos, e escutai-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor” (Sl 34.11). Em síntese, a restauração do temor de Deus na nossa vida se dá por meio da oração e do estudo da sua Palavra.
    Terceiro, precisamos desfrutar do temor do Senhor. 
    Quando somos tomados pelo temor de Deus, experimentamos bênçãos maravilhosas. Desfrutamos da alegria (Sl 147.11) e da misericórdia de Deus (Sl 103.11 e 17). Confiamos mais em Deus (Sl 115.11) e fugimos do mal (Pv 16.6). Somos abençoados com toda sorte de bênçãos (Sl 112) e temos os nossos desejos realizados (Sl 145.19). Obedecemos a Deus cumprindo os seus propósitos (Hb 11.7) e nos dispomos a entregar aquilo que Ele nos pede (Gn 22.12).
    Autor: Arival Dias Casimiro

    sexta-feira, 26 de outubro de 2012

    Jesus cura e liberta


    Apesar da recepção calorosa na sinagoga de Cafarnaum, Jesus encontra ali “um homem possesso de um demônio “, que ao vê-lo, gritou: “‘Ah! que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus!’ Jesus o repreendeu, e disse: ‘Cale-se e saia dele!’ Então o demônio jogou o homem no chão diante de todos, e saiu dele sem o ferir. Todos ficaram admirados, e diziam uns aos outros: ‘Que palavra é esta? Até aos espíritos imundos ele dá ordens com autoridade e poder, e eles saem!’” (Lc 4:33-36).
    Não sabemos há quanto tempo aquele homem possuído por um demônio frequentava a sinagoga dos judeus sem ser notado. Mas basta a presença de Jesus para o demônio se manifestar e também revelar quem realmente é Jesus. Se os judeus ainda duvidavam de suas credenciais, os poderes das trevas seguem de perto a trajetória do Santo de Deus na terra. Porém Jesus não precisa do testemunho de demônios. Ele diz duas palavras, “cale-se” — para impedir que o demônio continue a falar de Jesus — e “saia dele”, para libertar o homem.
    Se você leu este capítulo 4 de Lucas com atenção, terá reparado que no versículo 22 as pessoas ficam admiradas porque dos lábios de Jesus saem palavras de graça. Então, no versículo 32 as pessoas se maravilham por ele falar com autoridade. Agora, no versículo 36, elas testificam que suas palavras não têm só autoridade, mas poder. Não é à toa que perguntam admirados: “Que palavra é esta?” É a mesma Palavra de Deus à qual eu e você temos acesso; a mesma que traz vida a alguém morto em seus delitos e pecados e o transforma, pelo poder do Espírito Santo, em um filho de Deus.
    Na sequência Jesus irá curar a todos os que são trazidos a ele. Você ouviu? Todos! “O povo trouxe a Jesus todos os que tinham vários tipos de doenças; e ele os curou, impondo as mãos sobre cada um deles” (Lc 4:40). Todos significa que ninguém saía da presença dele meio curado. Alguns homens se gabam de fazer as curas que Jesus fazia, mas se fosse assim eles curariam a todos os que viessem a eles. É isso o que você vê por aí? Certamente não.
    As curas que Jesus fazia tinham o propósito de cumprir uma profecia de Isaías, que dizia: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças”. Isso não ocorreu na morte de Jesus, mas em sua vida. E é o que ele faz também com a sogra de Pedro: inclina-se sobre ela, repreende a febre e ela imediatamente se levanta e passa a servir a Jesus e aos discípulos. Hoje você também pode ser curado do maior mal que aflige a humanidade, o pecado. E depois de curado do pecado e de posse da salvação pela fé em Jesus, qual é sua reação? Servir a Deus e aos seus irmãos em Cristo.
    Autor: Mario Persona

    quinta-feira, 25 de outubro de 2012

    Como as crianças… Estudo bíblico sobre "Ser como as crianças"




  • Como as crianças…
    “Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele”. (Lc 18:17 NVI)
    As crianças realmente aprendem bastante com os adultos; desde andar e falar até viver à vida das formas mais variadas possíveis, no entanto, em matéria de espiritualidade a ordem é incrivelmente invertida e nesse caso, são os adultos que devem aprender com os pequeninos. Por essa mesma razão, Jesus o grande mestre da vida nos convida a tornamos semelhantes às crianças para herdarmos o reino dos céus, caso contrário, de modo algum conheceremos a Deus (Mt 18.3).
    Obviamente ser como criança não significa ser infantil, pois Deus abomina veementemente toda meninice manifesta em forma de inconstância: (Ef 4.14); imaturidade: (I Co 3.1); inexperiência: (Hb 5.13); ignorância: (I Co 14.20); e por fim, em forma de todas as coisas comuns de meninos (I Co 13. 11). Ser criança é viver a essência da inocência que não se contamina com as malignidades da vida, e nem permiti ser dominada por suas perversidades. Ser criança…
    É viver de modo simples sem ser simplista;
    É viver de modo humilde sem ser medíocre;
    É viver de modo puro sem ser crédulo;
    É viver de modo autentico sem ser leviano;
    É viver de modo piedoso sem ser ambicioso.
    Definitivamente, precisamos aprender com as crianças sobre a arte de viver e reconhecer que o Reino de Deus existe em cada um de nós e para vivermos basta tão somente recebê-lo com a alegria, satisfação, intimidade, confiança e total dependência, virtudes essas completamente inerentes às crianças e totalmente indispensáveis àqueles que almejam o reino de Deus.
    Recordo – me perfeitamente das sábias palavras de minha saudosa avó, dirigidas a minha querida mãe, que dizia exatamente o seguinte: “As brigas de crianças jamais deverão se tornar em brigas de adultos”. E a questão é bem simples, se baseia no fato de que as mesmas crianças que brigam hoje são aquelas que brincam amanhã, ou seja, não guardam magoas nem ressentimentos, pois são totalmente puras e em suas purezas nos ensinam sobre a verdadeira essência do maravilhoso reino de Deus.

    Sidney Osvaldo Ferreira



    quarta-feira, 24 de outubro de 2012

    O Vale da dor


    1. O vale da dor é incontornável. Todos passamos por ele. Todos sofremos.
    2. Jesus também teve o seu Getsêmani. O jardim do Getsêmani fica no sopé do Monte das Oliveiras, pois ali existia muitos olivais. Getsêmani significa lagar de azeite, prensa de azeite.
    3. Por ser um aparato destinado a receber os frutos da oliveira, para transformá-los em óleo, produto de muitas utilidades, o dito aparato era instalado mesmo no interior do jardim das Oliveiras.
    4. Foi neste lagar de azeite, onde as azeitonas eram esmagadas, que Jesus experimentou o mais intensa e cruel agonia. Ali sua vida foi moída. Ali foi esmagado sob o peso dos nossos pecados. Ali seu corpo foi golpeado. Ali suou sangue. Ali enfrentou a fúria do inferno, o silêncio do céu.
    I. O PRELÚDIO DO VALE DA DOR 
    1. Olhe pela janela dos quatro evangélicos e veja que noite fatídica foi aquela para Jesus.
    2. Lá estava Jesus, com os doze discípulos, celebrando a Páscoa
    a) Ele ensina a eles a humildade, lava-lhes os pés;
    b) Ele aponta o traidor, e este sai na escuridão daquela noite para o trair;
    c) Ele lhes dá o novo mandamento;
    d) Ele avisa a Pedro “Nesta noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes”.
    e) Ele lhes consola: “Não se turbe o vosso coração…”
    f) Ele ora por eles (Jo 17).
    3. Saem de noite, do Cenáculo, na noite da trama, da armadilha, dos acordos escusos, do suborno traidor, na calada da noite. O sinédrio está reunido na surdina, urdindo planos diabólicos, subornando testemunhas, comprando a consciência fraca de Judas.
    4. Saem do Cenáculo apenas em 11. Judas não voltou. Descem o Monte Sião. Cruzam o Vale do Cedrom. Entram no Getsâmani. Era noite. Dos 11 que o acompanham, 8 estão ficando para trás. E parece que por ordem dele: “Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.”
    5. Continua Jesus caminhando, mas agora, somente com 3. A angústia toma conta de sua alma. A morte, o salário do pecado, o acossa. “A minha alma está profundamente triste até a morte”.
    6. Os 3 ficam também para trás. Ele agora segue sozinho. Ajoelhou-se o Senhor do céu e da terra. Ajoelhou-se o Rei do Universo. Ajoelhou-se o Deus encarnado.
    Prostrou-se com o rosto em terra – humilhou-se.
    Ora intensamente, numa luta de sangrento suor.
    O anjo de Deus vem consolá-lo.
    Judas capitaneia a súcia, a turba maligna.
    Os inimigos caem. Cristo se entrega voluntariamente.
    II. AS MENSAGENS DO VALE DA DOR
    1. No Vale da dor enfrentamos profunda tristeza – v. 38 
    No Getsêmani da vida você terá tristeza. Sim, se Cristo passou pelo Vale da Dor, nós também passaremos. Vida Cristã é um vale de lágrimas. Temos alegria do céu, mas cruzamos também os vales da dor. Passamos por desertos esbraseantes, por ondas revoltas, por ventos contrários, por rios caudalosos, por fornalhas ardentes.
    Jesus também teve tristeza e não foi só no Getsêmani:
    a) Ficou triste com a morte do seu amigo Lázaro – e essa tristeza levou-o também a chorar. Quantas vezes você já ficou triste e chorou pela morte de um amigo, de um ente-querido?
    b) Ficou triste e chorou sobre a cidade de Jerusalém – Jesus chorou ao contemplar a impenitente cidade de Jerusalém, assassina de profetas, rebelde. Ele disse: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedrejas os que te foram enviados, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus filhotes, mas tu não o quisestes”. Quantas vezes você já chorou por um parente ou amigo que se recusou a crer em Cristo até a hora da morte?
    c) Ficou triste no Getsêmani – Agora, entre a ramagem soturna das oliveiras, sob o clima denso da trama, e peso da cruz Jesus declara: “A minha alma está profundamente tirste até a morte”.
    d) Por que Jesus estava triste?
    1) Era porque sabia que Judas estava se aproximando com a turba assassina?
    2) Era porque estava dolorosamente consciente de que Pedro o negaria?
    3) Era porque sabia que o Sinédrio o condenaria?
    4) Era porque sabia que Pilatos o sentenciaria.
    5) Era porque sabia que o povo gritaria infrene: Crucifica-o?
    6) Era porque sabia que o povo escolheria a Barrabás e o condenaria?
    7) Era porque sabia que seria açoitado, cuspido e humilhado pelos soldados romanos?
    8) Era porque sabia que os seus discípulos o abandonariam na hora da morte? NÃO!!!
    A tristeza de Cristo era porque sua alma pura, estava recebendo toda a carga de todos os nossos pecados. Na cruz Deus escondeu o rosto do seu Filho. Ali ele foi feito pecado e maldição. Ali ele clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
    Até o sol escondeu o rosto de Jesus, e as trevas cobriram a terra.
    Jesus foi traspassado, moído. Na cruz ele desceu ao Hades.
    Ali ele entristeceu-se porque sorveu sozinho o cálice da ira de Deus. Só pagou o preço da nossa redenção. Sofreu só, sangrou só, só morreu!
    Como você tem enfrentado o seu vale de dor, o seu Getsêmani?
    2. O vale da solidão- v. 39
    No Getsêmani da vida, no vale da dor, muitas vezes, você sofrerá sozinho.
    Nesta hora Jesus buscou dois refúgios: a solidariedade humana e a vontade divina. Na solidão precisamos de a) Comunhão Humana; b) Comunhão com Deus. Jesus pediu a presença dos 3 discípulos com ele. Jesus não pede nada, nem quer ouvir nada deles, mas pede a presença deles. Paulo também prediu que Timóteo fosse ter com ele e levasse João Marcos. Na hora da solidão, precisamos de gente e precisamos de Deus!
    a) Muita gente há havia abandonado a Jesus (Jo 6:66).
    b) Seus discípulos o iam abandonar agora (Mt 26:56).
    c) Pior de tudo, na cruz ia gritar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” – As multidões o deixaram. Os discípulos o deixaram. Agora é desamparado pelo próprio Pai.
    d) Muitas coisas disse Jesus às multidões. Quando porém, falou de um traidor, foi apenas para os 12. E únicamente para 3 desses 12 é que ele disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte”. E por fim, quando começou a suar sangue, estava completamente sozinho.
    e) Quando Paulo estava no seu Getsêmani, na prisão romana, à beira do martírio, disse: “Todos me abandonaram. Na minha primeira defesa ninguém foi ao meu favor. Mas ali viu sua coroa.
    f) Quando João foi exilado na Ilha de Patmos, passou pelo seu Getsêmani sozinho, mas ali Deus lhe abriu a porta do céu.
    g) Quando Jó foi abandonado pela sua mulher, e acusado pelos seus amigos, pode ver a Deus face a face.
    h) Como você tem enfrentado a sua solidão?
    3. O vale da oração – v. 39,42,44
    Quando passamos pelo Vale da dor, muitos murmuram, outros se desesperam, outros deixam de orar, outros deixam de ler a Bíblia, outros abandonam a igreja, outros se revoltam contra Deus.
    Nas provas devemos aprender a orar como Jesus. Sua oração foi marcada por 5 características:
    1) Humilhação – Ele, o Deus eterno, está de joelhos. Ele, o criador do universo, está com o rosto em terra, suando sangue. Como não deveríamos estar quando também atravessamos o vale da dor?
    2) Intensidade (Lc 22:44) – Jesus enfrentou a maior batalha da sua vida em oração. A batalha foi tão intensa que Jesus começou a suar sangue. Foi uma oração de guerra. Ele se agonizou em oração.
    3) Perseverança – Ele orou 3 vezes e progressivamente.
    4) Vigilância (v. 41) – Jesus alertou os discípulos para vigiar e orar. Porque não vigiaram: 1) Dormiram na batalha; 2) Pedro negou Jesus; 3) Os discípulos fugiram; 4) Pedro cortou a orelha de Malco; 5) Não sabiam o que responder a Jesus? Seus olhos estavam carregados de sono, porque seus corações estavam vazios de oração.
    5) Submissão (v. 39,42,44) – A oração não é que a vontade do homem seja feita no céu, mas para que a vontade de Deus seja feita na terra. Porque Jesus orou teve coragem para enfrentar a turba, a prisão, os açoites, a cruz, a morte. Sem oração você foge como os discípulos (v. 56). “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas se orar, o bicho foge”.
    Muitos se desesperam quando cruzam o vale da dor, mas Cristo caiu de joelhos e orou e na oração prevaleceu. E você, tem se rendido a Deus? Tem se colocado de joelhos, dizendo: “eu me rendo Senhor, seja feita a tua vontade Senhor”.
    Marcos 14:36 diz que Jesus começou sua oração, dizendo: “Aba, Pai”. Era a palavra que uma criancinha usava para se dirigir ao seu Pai. Jesus se dirige a Deus, sabendo que ele é Pai, digno de toda confiança. O que nos livra da tentação é saber que no vale da dor: Deus é bom e ele é o nosso Pai.
    4. O vale da Consolação (Lc 22:43) 
    Deus nos consola nos dando livramento da prova, ou nos dando poder para vencer as provas.
    a) Paulo ora 3 vezes pedindo cura do espinho na carne, mas Deus lhe diz: “A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
    b) Tiago diz que devemos ter por motivo de toda a alegria, o passarmos por diversas tribulações (Tg 1:2-4).
    c) No Getsêmani da vida, Deus o consolará: “E apareceu-lhe um anjo do céu que o confortava”.
    d) Jesus não encontrou pleno conforto nos seus discípulos, pois a vigília da solidariedade tinha se transformado no sono da fuga. Mas quando Jesus buscou a face do Pai, um anjo desceu do céu para confortá-lo. Porque os amigos mais solidários falharam, ele ficou solitário com o Pai e foi consolado.
    e) Agora o sofredor manchado de sangue é consolado por um anjo do céu. Depois que travou a mais sangrenta batalha da história. Depois que aceitou sorver sozinho o cálice da ira de Deus. Depois que se dispôs a carregar o lenho maldito. Depois que se dispôs a se tornar maldição por nós. Depois que desafiou o inferno e seus demônios, foi consolado!
    f) Deus nunca abandona os seus no vale da dor, no Getsêmani da vida. Ele é o Deus e Pai de toda consolação.
    1) Os amigos de Daniel – No Getsêmani da fornalha foram consolados pelo anjo do Senhor.
    2) Pedro na prisão – ia ser morto no dia seguinte, mas o anjo do Senhor o levantou, o guiou, o livrou, o consolou.
    3) Paulo no naufrágio – Passou 14 dias na voragem do mar. Tempestade convulsiva. Todos haviam perdido a esperança. Mas Deuse enviou seu anjo para confortar a Paulo e lhe garantiu a vitória.
    4) Você tem sentido a consolação de Deus?
    CONCLUSÃO 
    1) Como foi que Jesus entrou no Getsêmani da sua vida? Profundamente angustiado, abatido e cheio de tristeza.
    2) Como foi que saiu? Tão fortalecido e vitorioso que bastou somente uma palavra sua para fazer seus inimigos recuarem, caindo todos por terra. Jesus não foi preso, ele se entregou. Ele se deu. Ele morreu. Ele ressuscitou. Ele venceu. Ele está conosco. Ele nos consola, nos guia, nos leva para a Casa do Pai.
    Autor: Hernandes Dias Lopes

    O Vale da dor


    1. O vale da dor é incontornável. Todos passamos por ele. Todos sofremos.
    2. Jesus também teve o seu Getsêmani. O jardim do Getsêmani fica no sopé do Monte das Oliveiras, pois ali existia muitos olivais. Getsêmani significa lagar de azeite, prensa de azeite.
    3. Por ser um aparato destinado a receber os frutos da oliveira, para transformá-los em óleo, produto de muitas utilidades, o dito aparato era instalado mesmo no interior do jardim das Oliveiras.
    4. Foi neste lagar de azeite, onde as azeitonas eram esmagadas, que Jesus experimentou o mais intensa e cruel agonia. Ali sua vida foi moída. Ali foi esmagado sob o peso dos nossos pecados. Ali seu corpo foi golpeado. Ali suou sangue. Ali enfrentou a fúria do inferno, o silêncio do céu.
    I. O PRELÚDIO DO VALE DA DOR 
    1. Olhe pela janela dos quatro evangélicos e veja que noite fatídica foi aquela para Jesus.
    2. Lá estava Jesus, com os doze discípulos, celebrando a Páscoa
    a) Ele ensina a eles a humildade, lava-lhes os pés;
    b) Ele aponta o traidor, e este sai na escuridão daquela noite para o trair;
    c) Ele lhes dá o novo mandamento;
    d) Ele avisa a Pedro “Nesta noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes”.
    e) Ele lhes consola: “Não se turbe o vosso coração…”
    f) Ele ora por eles (Jo 17).
    3. Saem de noite, do Cenáculo, na noite da trama, da armadilha, dos acordos escusos, do suborno traidor, na calada da noite. O sinédrio está reunido na surdina, urdindo planos diabólicos, subornando testemunhas, comprando a consciência fraca de Judas.
    4. Saem do Cenáculo apenas em 11. Judas não voltou. Descem o Monte Sião. Cruzam o Vale do Cedrom. Entram no Getsâmani. Era noite. Dos 11 que o acompanham, 8 estão ficando para trás. E parece que por ordem dele: “Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.”
    5. Continua Jesus caminhando, mas agora, somente com 3. A angústia toma conta de sua alma. A morte, o salário do pecado, o acossa. “A minha alma está profundamente triste até a morte”.
    6. Os 3 ficam também para trás. Ele agora segue sozinho. Ajoelhou-se o Senhor do céu e da terra. Ajoelhou-se o Rei do Universo. Ajoelhou-se o Deus encarnado.
    Prostrou-se com o rosto em terra – humilhou-se.
    Ora intensamente, numa luta de sangrento suor.
    O anjo de Deus vem consolá-lo.
    Judas capitaneia a súcia, a turba maligna.
    Os inimigos caem. Cristo se entrega voluntariamente.
    II. AS MENSAGENS DO VALE DA DOR
    1. No Vale da dor enfrentamos profunda tristeza – v. 38 
    No Getsêmani da vida você terá tristeza. Sim, se Cristo passou pelo Vale da Dor, nós também passaremos. Vida Cristã é um vale de lágrimas. Temos alegria do céu, mas cruzamos também os vales da dor. Passamos por desertos esbraseantes, por ondas revoltas, por ventos contrários, por rios caudalosos, por fornalhas ardentes.
    Jesus também teve tristeza e não foi só no Getsêmani:
    a) Ficou triste com a morte do seu amigo Lázaro – e essa tristeza levou-o também a chorar. Quantas vezes você já ficou triste e chorou pela morte de um amigo, de um ente-querido?
    b) Ficou triste e chorou sobre a cidade de Jerusalém – Jesus chorou ao contemplar a impenitente cidade de Jerusalém, assassina de profetas, rebelde. Ele disse: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedrejas os que te foram enviados, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus filhotes, mas tu não o quisestes”. Quantas vezes você já chorou por um parente ou amigo que se recusou a crer em Cristo até a hora da morte?
    c) Ficou triste no Getsêmani – Agora, entre a ramagem soturna das oliveiras, sob o clima denso da trama, e peso da cruz Jesus declara: “A minha alma está profundamente tirste até a morte”.
    d) Por que Jesus estava triste?
    1) Era porque sabia que Judas estava se aproximando com a turba assassina?
    2) Era porque estava dolorosamente consciente de que Pedro o negaria?
    3) Era porque sabia que o Sinédrio o condenaria?
    4) Era porque sabia que Pilatos o sentenciaria.
    5) Era porque sabia que o povo gritaria infrene: Crucifica-o?
    6) Era porque sabia que o povo escolheria a Barrabás e o condenaria?
    7) Era porque sabia que seria açoitado, cuspido e humilhado pelos soldados romanos?
    8) Era porque sabia que os seus discípulos o abandonariam na hora da morte? NÃO!!!
    A tristeza de Cristo era porque sua alma pura, estava recebendo toda a carga de todos os nossos pecados. Na cruz Deus escondeu o rosto do seu Filho. Ali ele foi feito pecado e maldição. Ali ele clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
    Até o sol escondeu o rosto de Jesus, e as trevas cobriram a terra.
    Jesus foi traspassado, moído. Na cruz ele desceu ao Hades.
    Ali ele entristeceu-se porque sorveu sozinho o cálice da ira de Deus. Só pagou o preço da nossa redenção. Sofreu só, sangrou só, só morreu!
    Como você tem enfrentado o seu vale de dor, o seu Getsêmani?
    2. O vale da solidão- v. 39
    No Getsêmani da vida, no vale da dor, muitas vezes, você sofrerá sozinho.
    Nesta hora Jesus buscou dois refúgios: a solidariedade humana e a vontade divina. Na solidão precisamos de a) Comunhão Humana; b) Comunhão com Deus. Jesus pediu a presença dos 3 discípulos com ele. Jesus não pede nada, nem quer ouvir nada deles, mas pede a presença deles. Paulo também prediu que Timóteo fosse ter com ele e levasse João Marcos. Na hora da solidão, precisamos de gente e precisamos de Deus!
    a) Muita gente há havia abandonado a Jesus (Jo 6:66).
    b) Seus discípulos o iam abandonar agora (Mt 26:56).
    c) Pior de tudo, na cruz ia gritar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” – As multidões o deixaram. Os discípulos o deixaram. Agora é desamparado pelo próprio Pai.
    d) Muitas coisas disse Jesus às multidões. Quando porém, falou de um traidor, foi apenas para os 12. E únicamente para 3 desses 12 é que ele disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte”. E por fim, quando começou a suar sangue, estava completamente sozinho.
    e) Quando Paulo estava no seu Getsêmani, na prisão romana, à beira do martírio, disse: “Todos me abandonaram. Na minha primeira defesa ninguém foi ao meu favor. Mas ali viu sua coroa.
    f) Quando João foi exilado na Ilha de Patmos, passou pelo seu Getsêmani sozinho, mas ali Deus lhe abriu a porta do céu.
    g) Quando Jó foi abandonado pela sua mulher, e acusado pelos seus amigos, pode ver a Deus face a face.
    h) Como você tem enfrentado a sua solidão?
    3. O vale da oração – v. 39,42,44
    Quando passamos pelo Vale da dor, muitos murmuram, outros se desesperam, outros deixam de orar, outros deixam de ler a Bíblia, outros abandonam a igreja, outros se revoltam contra Deus.
    Nas provas devemos aprender a orar como Jesus. Sua oração foi marcada por 5 características:
    1) Humilhação – Ele, o Deus eterno, está de joelhos. Ele, o criador do universo, está com o rosto em terra, suando sangue. Como não deveríamos estar quando também atravessamos o vale da dor?
    2) Intensidade (Lc 22:44) – Jesus enfrentou a maior batalha da sua vida em oração. A batalha foi tão intensa que Jesus começou a suar sangue. Foi uma oração de guerra. Ele se agonizou em oração.
    3) Perseverança – Ele orou 3 vezes e progressivamente.
    4) Vigilância (v. 41) – Jesus alertou os discípulos para vigiar e orar. Porque não vigiaram: 1) Dormiram na batalha; 2) Pedro negou Jesus; 3) Os discípulos fugiram; 4) Pedro cortou a orelha de Malco; 5) Não sabiam o que responder a Jesus? Seus olhos estavam carregados de sono, porque seus corações estavam vazios de oração.
    5) Submissão (v. 39,42,44) – A oração não é que a vontade do homem seja feita no céu, mas para que a vontade de Deus seja feita na terra. Porque Jesus orou teve coragem para enfrentar a turba, a prisão, os açoites, a cruz, a morte. Sem oração você foge como os discípulos (v. 56). “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mas se orar, o bicho foge”.
    Muitos se desesperam quando cruzam o vale da dor, mas Cristo caiu de joelhos e orou e na oração prevaleceu. E você, tem se rendido a Deus? Tem se colocado de joelhos, dizendo: “eu me rendo Senhor, seja feita a tua vontade Senhor”.
    Marcos 14:36 diz que Jesus começou sua oração, dizendo: “Aba, Pai”. Era a palavra que uma criancinha usava para se dirigir ao seu Pai. Jesus se dirige a Deus, sabendo que ele é Pai, digno de toda confiança. O que nos livra da tentação é saber que no vale da dor: Deus é bom e ele é o nosso Pai.
    4. O vale da Consolação (Lc 22:43) 
    Deus nos consola nos dando livramento da prova, ou nos dando poder para vencer as provas.
    a) Paulo ora 3 vezes pedindo cura do espinho na carne, mas Deus lhe diz: “A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
    b) Tiago diz que devemos ter por motivo de toda a alegria, o passarmos por diversas tribulações (Tg 1:2-4).
    c) No Getsêmani da vida, Deus o consolará: “E apareceu-lhe um anjo do céu que o confortava”.
    d) Jesus não encontrou pleno conforto nos seus discípulos, pois a vigília da solidariedade tinha se transformado no sono da fuga. Mas quando Jesus buscou a face do Pai, um anjo desceu do céu para confortá-lo. Porque os amigos mais solidários falharam, ele ficou solitário com o Pai e foi consolado.
    e) Agora o sofredor manchado de sangue é consolado por um anjo do céu. Depois que travou a mais sangrenta batalha da história. Depois que aceitou sorver sozinho o cálice da ira de Deus. Depois que se dispôs a carregar o lenho maldito. Depois que se dispôs a se tornar maldição por nós. Depois que desafiou o inferno e seus demônios, foi consolado!
    f) Deus nunca abandona os seus no vale da dor, no Getsêmani da vida. Ele é o Deus e Pai de toda consolação.
    1) Os amigos de Daniel – No Getsêmani da fornalha foram consolados pelo anjo do Senhor.
    2) Pedro na prisão – ia ser morto no dia seguinte, mas o anjo do Senhor o levantou, o guiou, o livrou, o consolou.
    3) Paulo no naufrágio – Passou 14 dias na voragem do mar. Tempestade convulsiva. Todos haviam perdido a esperança. Mas Deuse enviou seu anjo para confortar a Paulo e lhe garantiu a vitória.
    4) Você tem sentido a consolação de Deus?
    CONCLUSÃO 
    1) Como foi que Jesus entrou no Getsêmani da sua vida? Profundamente angustiado, abatido e cheio de tristeza.
    2) Como foi que saiu? Tão fortalecido e vitorioso que bastou somente uma palavra sua para fazer seus inimigos recuarem, caindo todos por terra. Jesus não foi preso, ele se entregou. Ele se deu. Ele morreu. Ele ressuscitou. Ele venceu. Ele está conosco. Ele nos consola, nos guia, nos leva para a Casa do Pai.
    Autor: Hernandes Dias Lopes