sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Papagaio (Ilustração)



 Quando éramos crianças tínhamos um papagaio muito falador. Aliás, um grande pregador, ou melhor, um grande cantor evangélico. O bichinho sabia cantar muitos hinos, e a vizinhança ouvia a mensagem cantada todos os dias, com mais frequência nos dias de chuva, pois era o seu dia predileto para cantar.
  Porém, havia um problema: ele não gostava de minha irmã e de pessoas estranhas. A ave tinha uma bronca tão grande de minha irmã que partia para agressão, precisando sempre de nossa intervenção. O bicho era um pregador-cantor incansável, mas não vivia o que pregava.

 Estudando a epístola de Paulo aos Efésios, vemos o apóstolo ensinando doutrina nos três primeiros capítulos. Nos três últimos capítulos, ele vai nos ensinar como andar. É como se ele estivesse no vestiário do seu time chamado igreja, ensinando o que fazer em campo. Terminadas as instruções, ele diz: Agora entrem em campo e coloquem em prática tudo o que lhes ensinei.
 O objetivo da epístola era ensinar os crentes a andar de modo digno: "Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz." (Efésios 4.13)
 
 Não adianta só falar, é preciso viver o que se prega: " Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave." (Efésios 5. 1-2) 
(Extraído)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O drama da redenção


1. O maior drama da história
A paixão de Cristo é o maior drama da história. Ultrapassa em dramaticidade e em consequência a qualquer grande evento da humanidade. Desse drama depende a sua salvação.
2. Toda a Bíblia aponta para esse drama
A paixão de Cristo é o centro da Bíblia e da história. As profecias apontaram para este drama. Dele falaram os patriarcas e os profetas. Os grandes eventos da história e os grandes ritos da fé judaica apontavam para o sacrifício de Cristo.
João Batista sintetizou essa verdade, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
3. O drama da redenção pode ser contemplado em quatro partes
O drama da redenção pode ter quatro palcos distintos: O Cenáculo, o Getsêmani, o Pretório e o Calvário.
O drama da redenção é representado: pela Ceia, pela Agonia, pelo Julgamento; pela Crucificação.
I. O DRAMA DO CENÁCULO – Mt 26:26-30
1. As últimas lições para seus discípulos
Jesus se reúne com seus discípulos no Cenáculo para passar-lhes suas últimas lições:
a) Ele ensina a eles a humildade, lavando-lhes os pés.
b) Ele lhes dá um novo mandamento: amar uns aos outros como ele os amou.
c) Ele lhes consola falando da vinda do Espírito Santo e da sua segunda vinda.
d) Ele ora por eles.
e) Ele aponta Judas como o traidor.
f) Ele alerta a Pedro: “Jamais cantará o galo antes que me negues três vezes”.
2. A instituição da Ceia
Jesus pegou um pão, abençoou-o, quebrou-o em pedaços e passou-os aos discípulos.
Três verdades se destacam aqui:
a) A centralidade da sua morte (Mt 26:26,27) – O pão simboliza o corpo de Cristo pregado na cruz e o cálice representa seu sangue derramado na cruz. Jesus ordena seus discípulos: “Fazei isto em memória de mim”. Esse é o único ato comemorativo autorizado por ele, não dramatiza seu nascimento nem sua vida, nem suas palavras nem suas obras, mas somente sua morte. Era por sua morte que ele desejava ser lembrado e não por seus milagres. A morte de Cristo ocupa lugar central no cristianismo. Sem há cristianismo sem cruz.
b) O propósito da sua morte (Mt 26:28) – Pelo derramamento do sangue de Cristo Deus estava tomando a iniciativa de estabelecer uma nova aliança com o seu povo, na qual uma das maiores promessas era o perdão dos pecadores. Cristo vai morrer a fim de levar o seu povo a um novo relacionamento de aliança com Deus.
c) A aplicação da sua morte (Mt 26:26,27) – Precisamos nos apropriar pessoalmente da sua morte. Precisamos comer e beber. Assim como não era suficiente que o pão fosse quebrado e o vinho derramado, mas que tinham de comer e beber, da mesma forma não era suficiente que ele morresse, mas eles tinham de se apropriar pessoalmente dos benefícios da sua morte. Não é o cordeiro, nem o sangue do cordeiro, mas o sangue do cordeiro aplicado que nos salva.
II. O DRAMA DO GETSÊMANI – Mt 26:36-46 
1. O drama da tristeza – v. 37,38
Jesus começou a entristecer-se (v. 37); confessou aos discípulos sua tristeza (v. 38); clamou ao Pai para se possível passar dele aquele cálice?
Por que Cristo está triste? Que cálice era esse que Jesus pediu ao Pai para passar dele?
a) Era porque sabia que Judas estava liderando a turba assassina que viria prendê-lo?
b) Era porque estava dolorosamente consciente que Pedro o negaria?
c) Era porque sabia que o sinédrio o considereria réu de morte?
d) Era porque sabia que Pilatos o entregaria e o sentenciaria à morte?
e) Era porque sabia que seria escarnecido pela multidão e seria pregado na cruz como um malfeitor?
f) Era porque sabia que seus discípulos o abandonariam?
Não! Esse cálice não simbolizava nem a dor física de ser açoitado e crucificado, nem a aflição mental de ser desprezado e rejeitado até mesmo por seu próprio povo; antes, a agonia espiritual de levar os pecados do mundo, de suportar o juízo divino que esses pecados mereciam.
Foi desse contato com o pecado humano que sua alma sem pecado recuava. Da experiência de alienação de seu Pai que o juízo sobre o pecado trazia, que ele se afastou horrorizado.
Jesus começou cada oração: “se possível passe de mim esse cálice” e terminou cada oração, dizendo: “Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. Não foi possível passar o cálice de Jesus. O propósito de Deus em salvar o pecador incluía necessariamente a morte do seu Filho. Dessa oração ele emergiu confiante: “Não beberei, porventura, o cálice que o meu Pai me deu?” (Jo 18:11).
Essa tristeza de Jesus pode ser descrita de quatro formas:
a) Aspecto temporal – A hora de beber o cálice da ira de Deus havia chegado. Para isso ele havia vindo ao mundo.
b) Aspecto físico – O sofrimento, a humilhação, as cusparadas, os açoites, a cruz.
c) Aspecto moral – O Filho de Deus seria cuspido pelos homens e crucificado como um criminoso.
d) Aspecto espiritual – A tristeza de Cristo é porque ele estava se fazendo pecado, maldição, sendo desamparado pelo Pai.
2. O drama da solidão – v. 39
Muita gente já havia abandonado a Cristo. Seus discípulos o iam abandonar agora. Mas, em breve, o próprio Pai vai desampará-lo. Muita coisa Jesus disse à multidão. Quando falou do traidor, foi apenas para os 12. E únicamente para 3 desses disse: “A minha alma está profundamente triste”. E por fim, quando começou a suar sangue, estava completamente sozinho.
3. O drama da oração
A oração de Jesus foi marcada por: 1) Humilhação – Ele, o Deus eterno, está de joelhos, com o rosto em terra, prostrado. 2) Intensidade – A luta era tão intensa que ele começou a suar sangue. Ele agonizou em oração. 3) Perseverança – Ele orou 3 vezes e progressivamente. 4) Submissão – Ele se rendeu à vontade do Pai. Ele se rendeu ao plano do Pai. Não havia outro caminho para salvar-nos a não ser que ele bebesse o cálice amargo da ira de Deus contra o pecado. Ele aceitou ser traspassado pelas nossas transgressões.
4. O drama da rendição
Jesus veio para dar sua vida. Ele veio para morrer. Ele veio como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele veio como nosso fiador e representante. Ele veio para se fazer pecado e maldição por nós. Ele veio para ser a propiciação pelos nossos pecados. Ele veio nos reconciliar com Deus. Pelo seu sangue ele nos remiu, nos lavou e nos reconciliou com Deus.
Não havia outro meio. Não havia outro método. Foi preciso que ele bebesse o cálice e ele se rendeu!
III. O DRAMA DO PRETÓRIO DE PILATOS – Mt 27:11-26 
1. O drama da acusação contra Cristo 
a) Acusado de sedição política (v. 37) – Os judeus por inveja colocaram Cristo contra o Estado, contra Roma, contra César. Acusaram-no de ser “o rei dos judeus”. Grafaram essa acusação do topo da sua cruz em língua hebraica, grega e latina.
b) Acusado de blasfêmia (v. 40b) – Os judeus julgaram-no digno de morte quando se apresentou como o Filho de Deus. Os membros do sinédrio disseram: “Blasfemou”. Depois acusaram-no de impostor (v. 40) e embusteiro (v. 43).
2. O drama do governador Pilatos
Quatro vezes Pilatos reconheceu a inocência de Cristo: quando o recebeu, depois que Herodes o devolveu, depois de ser açoitado e ainda pela advertência da sua mulher.
Pilatos sabia que os judeus haviam entregue a Cristo por inveja.
Pilatos tenta fugir da sua responsabilidade por 4 formas evasivas:
a) Transferir a responsabilidade – Enviou Jesus a Herodes.
b) Tentou meias-medidas – “Portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei” (Lc 23:16,22).
c) Tentou fazer a coisa certa da maneira errada – Soltar a Jesus pela escolha da multidão. A multidão preferiu Barrabás.
d) Tentou protestar sua inocência – Lavou as mãos, dizendo: “Estou inocente do sangue deste justo” (v. 24). Pilatos entregou Jesus para ser crucificado.
Três expressões da narrativa de Lucas iluminam o que Pilatos fez: 1) “o seu clamor prevaleceu”, “Pilatos decidiu atender-lhes o pedido”, e “quanto a Jesus, entregou à vontade deles” (Lc 23: 23-25). O clamor deles, o pedido deles, a vontade deles. Ele deseja soltar a Jesus, mas também desejava contentar a multidão (Mc 15:15). A multidão venceu! Por que? Porque lhe disseram: “Se soltas a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é contra César” (Jo 19:12). A escolha era entre honra e ambição, entre o princípio e a conveniência. Sua consciência afogou-se nas altas vozes da racionalização. Ele fez concessões por ser covarde.
Do pretório de Pilatos Jesus saiu ensanguentado, condenado, carregando uma pesado cruz pelas ruas apinhadas de Jerusalém sob o escárnio da multidão e a tortura dos soldados.
IV. O DRAMA DO CALVÁRIO – Mt 27:33-54 
1. Quem levou Jesus à cruz
A morte de Cristo foi o mais horrendo crime. Gentios e judeus, os líderes religiosos e os políticos mancomunaram-se com o povo para o condenar. Pedro denuncia as autoridades judaicas no Pentecostes: “Vós crucificastes o autor da Vida. Vós com mãos iníquas o matastes”.
Mas, também a morte de Cristo foi a mais alta expressão de amor. Cristo não foi a cruz porque os judeus o entregaram por inveja, porque Judas o traiu por ganância, porque Pilatos o condenou por covardia, porque os soldados o pregaram na cruz por crueldade. Foi o Pai quem entregou Jesus por amor (Jo 3:16; Rm 5:8).
Mas Cristo não foi à cruz como um mártir. Cristo não foi arrastado à cruz. Ele deu a sua vida. Ele foi para a cruz como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele foi como um rei caminha para a sua coroação. Ele morreu pelos nosssos pecados.
2. O que Cristo suportou na cruz?
a) Ele suportou a agonia do sofrimento: dor, sede, desprezo, zombaria.
b) Ele suportou as trevas: Douglas Wesbter disse que “No nascimento do Filho de Deus houve luz à meia-noite; na morte do Filho de Deus, houve trevas ao meio-dia”.
c) Ele suportou a zombaria dos homens: Eles disseram: “desça da cruz”, “ah salvou os outros, a si mesmo não pode salvar”. “Oh tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas, desça da cruz e creremos em ti”.
d) Ele suportou o desamparo de Deus – O universo inteiro se contorceu de dores. O sol escondeu o seu rosto. As trevas inundaram a terra. As pedras se arrebentaram nos vales e Jesus gritou do alto da cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
e) Ele suportou o peso dos nossos pecados – Ele levou sobre o corpo no madeiro os nossos pecados. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi moído e traspassado pelas nossas iniquidades. Ele se fez pecado por nós. Não havia beleza nele. Ele foi feito maldição.
3. O que Cristo conquistou na cruz
a) Ele conquistou a redenção para o seu povo – Ele disse: “Está consumado”. A dívida foi paga. A justiça foi satisfeita. Agora o seu povo está quites com a lei. Agora já nenhuma condenação há para aqueles que estáo em Cristo Jesus.
b) Ele conquistou livre acesso à presença de Deus – O véu do santuário rasgou de alto a baixo (v. 51). Agora todos somos sacerdotes. Ele abriu um novo e vivo caminho para Deus.
c) Ele conquistou a vitória sobre a morte – Quando ele morreu, os mortos ressuscitaram. Ele entrou nas entranhas da morte, arrancou seu aguilhão, tirou o seu poder e venceu a morte, ressuscitando dentre os mortos.
CONCLUSÃO 
O drama da redenção reforça-nos três verdades e implicações profundas:
1. O nosso pecado é extremamente horrível
Nada revela a gravidade do pecado como a cruz. O que enviou Cristo a cruz não foi a ambição de Judas, nem a inveja dos sacerdotes, nem covardia vacilante de Pilatos, mas os nossos pecados. Ele morreu pelos nossos pecados. É impossível encararmos a cruz sem sentirmos vergonha de nós mesmos. Eu estava lá. Você estava lá. Não apenas como um expectador, mas como um assassino. Nós levamos Cristo a cruz.
Não havia uma outra forma de Deus perdoar os nossos pecados a não ser que o Filho de Deus fosse morto na cruz.
2. O amor de Deus é incompreensível
Deus poderia nos abandar à nossa própria sorte. Ele seria justo se todos nós fôssemos condenados, visto que o salário do pecado é a morte. Mas ele não nos abandonou. Ele nos amou e veio nos buscar. Ele estava em Cristo reconciliando-nos com ele. Ele não apenas nos amou, mas nos amou graciosamsente e graça é amor aos que não merecem.
3. Aquele que rejeita a oferta da graça só lhe resta uma horrível expectativa de juízo
A salvação é Deus. É gratuita. É pela fé. É para você. É urgente. É para hoje. Se hoje você ouvir a voz de Deus não endureça o seu coração. Hoje é o dia oportuno. Hoje é o dia da salvação. Venha a Cristo agora mesmo. Ele chama: Vinde a mim. Ele agora abre os braços, e diz: Vem. O céu o espera. O pai o aguarda. A noiva diz: Vem. O Espírito diz: vem!
Autor: Hernandes Dias Lopes

O drama da redenção


1. O maior drama da história
A paixão de Cristo é o maior drama da história. Ultrapassa em dramaticidade e em consequência a qualquer grande evento da humanidade. Desse drama depende a sua salvação.
2. Toda a Bíblia aponta para esse drama
A paixão de Cristo é o centro da Bíblia e da história. As profecias apontaram para este drama. Dele falaram os patriarcas e os profetas. Os grandes eventos da história e os grandes ritos da fé judaica apontavam para o sacrifício de Cristo.
João Batista sintetizou essa verdade, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
3. O drama da redenção pode ser contemplado em quatro partes
O drama da redenção pode ter quatro palcos distintos: O Cenáculo, o Getsêmani, o Pretório e o Calvário.
O drama da redenção é representado: pela Ceia, pela Agonia, pelo Julgamento; pela Crucificação.
I. O DRAMA DO CENÁCULO – Mt 26:26-30
1. As últimas lições para seus discípulos
Jesus se reúne com seus discípulos no Cenáculo para passar-lhes suas últimas lições:
a) Ele ensina a eles a humildade, lavando-lhes os pés.
b) Ele lhes dá um novo mandamento: amar uns aos outros como ele os amou.
c) Ele lhes consola falando da vinda do Espírito Santo e da sua segunda vinda.
d) Ele ora por eles.
e) Ele aponta Judas como o traidor.
f) Ele alerta a Pedro: “Jamais cantará o galo antes que me negues três vezes”.
2. A instituição da Ceia
Jesus pegou um pão, abençoou-o, quebrou-o em pedaços e passou-os aos discípulos.
Três verdades se destacam aqui:
a) A centralidade da sua morte (Mt 26:26,27) – O pão simboliza o corpo de Cristo pregado na cruz e o cálice representa seu sangue derramado na cruz. Jesus ordena seus discípulos: “Fazei isto em memória de mim”. Esse é o único ato comemorativo autorizado por ele, não dramatiza seu nascimento nem sua vida, nem suas palavras nem suas obras, mas somente sua morte. Era por sua morte que ele desejava ser lembrado e não por seus milagres. A morte de Cristo ocupa lugar central no cristianismo. Sem há cristianismo sem cruz.
b) O propósito da sua morte (Mt 26:28) – Pelo derramamento do sangue de Cristo Deus estava tomando a iniciativa de estabelecer uma nova aliança com o seu povo, na qual uma das maiores promessas era o perdão dos pecadores. Cristo vai morrer a fim de levar o seu povo a um novo relacionamento de aliança com Deus.
c) A aplicação da sua morte (Mt 26:26,27) – Precisamos nos apropriar pessoalmente da sua morte. Precisamos comer e beber. Assim como não era suficiente que o pão fosse quebrado e o vinho derramado, mas que tinham de comer e beber, da mesma forma não era suficiente que ele morresse, mas eles tinham de se apropriar pessoalmente dos benefícios da sua morte. Não é o cordeiro, nem o sangue do cordeiro, mas o sangue do cordeiro aplicado que nos salva.
II. O DRAMA DO GETSÊMANI – Mt 26:36-46 
1. O drama da tristeza – v. 37,38
Jesus começou a entristecer-se (v. 37); confessou aos discípulos sua tristeza (v. 38); clamou ao Pai para se possível passar dele aquele cálice?
Por que Cristo está triste? Que cálice era esse que Jesus pediu ao Pai para passar dele?
a) Era porque sabia que Judas estava liderando a turba assassina que viria prendê-lo?
b) Era porque estava dolorosamente consciente que Pedro o negaria?
c) Era porque sabia que o sinédrio o considereria réu de morte?
d) Era porque sabia que Pilatos o entregaria e o sentenciaria à morte?
e) Era porque sabia que seria escarnecido pela multidão e seria pregado na cruz como um malfeitor?
f) Era porque sabia que seus discípulos o abandonariam?
Não! Esse cálice não simbolizava nem a dor física de ser açoitado e crucificado, nem a aflição mental de ser desprezado e rejeitado até mesmo por seu próprio povo; antes, a agonia espiritual de levar os pecados do mundo, de suportar o juízo divino que esses pecados mereciam.
Foi desse contato com o pecado humano que sua alma sem pecado recuava. Da experiência de alienação de seu Pai que o juízo sobre o pecado trazia, que ele se afastou horrorizado.
Jesus começou cada oração: “se possível passe de mim esse cálice” e terminou cada oração, dizendo: “Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”. Não foi possível passar o cálice de Jesus. O propósito de Deus em salvar o pecador incluía necessariamente a morte do seu Filho. Dessa oração ele emergiu confiante: “Não beberei, porventura, o cálice que o meu Pai me deu?” (Jo 18:11).
Essa tristeza de Jesus pode ser descrita de quatro formas:
a) Aspecto temporal – A hora de beber o cálice da ira de Deus havia chegado. Para isso ele havia vindo ao mundo.
b) Aspecto físico – O sofrimento, a humilhação, as cusparadas, os açoites, a cruz.
c) Aspecto moral – O Filho de Deus seria cuspido pelos homens e crucificado como um criminoso.
d) Aspecto espiritual – A tristeza de Cristo é porque ele estava se fazendo pecado, maldição, sendo desamparado pelo Pai.
2. O drama da solidão – v. 39
Muita gente já havia abandonado a Cristo. Seus discípulos o iam abandonar agora. Mas, em breve, o próprio Pai vai desampará-lo. Muita coisa Jesus disse à multidão. Quando falou do traidor, foi apenas para os 12. E únicamente para 3 desses disse: “A minha alma está profundamente triste”. E por fim, quando começou a suar sangue, estava completamente sozinho.
3. O drama da oração
A oração de Jesus foi marcada por: 1) Humilhação – Ele, o Deus eterno, está de joelhos, com o rosto em terra, prostrado. 2) Intensidade – A luta era tão intensa que ele começou a suar sangue. Ele agonizou em oração. 3) Perseverança – Ele orou 3 vezes e progressivamente. 4) Submissão – Ele se rendeu à vontade do Pai. Ele se rendeu ao plano do Pai. Não havia outro caminho para salvar-nos a não ser que ele bebesse o cálice amargo da ira de Deus contra o pecado. Ele aceitou ser traspassado pelas nossas transgressões.
4. O drama da rendição
Jesus veio para dar sua vida. Ele veio para morrer. Ele veio como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele veio como nosso fiador e representante. Ele veio para se fazer pecado e maldição por nós. Ele veio para ser a propiciação pelos nossos pecados. Ele veio nos reconciliar com Deus. Pelo seu sangue ele nos remiu, nos lavou e nos reconciliou com Deus.
Não havia outro meio. Não havia outro método. Foi preciso que ele bebesse o cálice e ele se rendeu!
III. O DRAMA DO PRETÓRIO DE PILATOS – Mt 27:11-26 
1. O drama da acusação contra Cristo 
a) Acusado de sedição política (v. 37) – Os judeus por inveja colocaram Cristo contra o Estado, contra Roma, contra César. Acusaram-no de ser “o rei dos judeus”. Grafaram essa acusação do topo da sua cruz em língua hebraica, grega e latina.
b) Acusado de blasfêmia (v. 40b) – Os judeus julgaram-no digno de morte quando se apresentou como o Filho de Deus. Os membros do sinédrio disseram: “Blasfemou”. Depois acusaram-no de impostor (v. 40) e embusteiro (v. 43).
2. O drama do governador Pilatos
Quatro vezes Pilatos reconheceu a inocência de Cristo: quando o recebeu, depois que Herodes o devolveu, depois de ser açoitado e ainda pela advertência da sua mulher.
Pilatos sabia que os judeus haviam entregue a Cristo por inveja.
Pilatos tenta fugir da sua responsabilidade por 4 formas evasivas:
a) Transferir a responsabilidade – Enviou Jesus a Herodes.
b) Tentou meias-medidas – “Portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei” (Lc 23:16,22).
c) Tentou fazer a coisa certa da maneira errada – Soltar a Jesus pela escolha da multidão. A multidão preferiu Barrabás.
d) Tentou protestar sua inocência – Lavou as mãos, dizendo: “Estou inocente do sangue deste justo” (v. 24). Pilatos entregou Jesus para ser crucificado.
Três expressões da narrativa de Lucas iluminam o que Pilatos fez: 1) “o seu clamor prevaleceu”, “Pilatos decidiu atender-lhes o pedido”, e “quanto a Jesus, entregou à vontade deles” (Lc 23: 23-25). O clamor deles, o pedido deles, a vontade deles. Ele deseja soltar a Jesus, mas também desejava contentar a multidão (Mc 15:15). A multidão venceu! Por que? Porque lhe disseram: “Se soltas a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é contra César” (Jo 19:12). A escolha era entre honra e ambição, entre o princípio e a conveniência. Sua consciência afogou-se nas altas vozes da racionalização. Ele fez concessões por ser covarde.
Do pretório de Pilatos Jesus saiu ensanguentado, condenado, carregando uma pesado cruz pelas ruas apinhadas de Jerusalém sob o escárnio da multidão e a tortura dos soldados.
IV. O DRAMA DO CALVÁRIO – Mt 27:33-54 
1. Quem levou Jesus à cruz
A morte de Cristo foi o mais horrendo crime. Gentios e judeus, os líderes religiosos e os políticos mancomunaram-se com o povo para o condenar. Pedro denuncia as autoridades judaicas no Pentecostes: “Vós crucificastes o autor da Vida. Vós com mãos iníquas o matastes”.
Mas, também a morte de Cristo foi a mais alta expressão de amor. Cristo não foi a cruz porque os judeus o entregaram por inveja, porque Judas o traiu por ganância, porque Pilatos o condenou por covardia, porque os soldados o pregaram na cruz por crueldade. Foi o Pai quem entregou Jesus por amor (Jo 3:16; Rm 5:8).
Mas Cristo não foi à cruz como um mártir. Cristo não foi arrastado à cruz. Ele deu a sua vida. Ele foi para a cruz como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele foi como um rei caminha para a sua coroação. Ele morreu pelos nosssos pecados.
2. O que Cristo suportou na cruz?
a) Ele suportou a agonia do sofrimento: dor, sede, desprezo, zombaria.
b) Ele suportou as trevas: Douglas Wesbter disse que “No nascimento do Filho de Deus houve luz à meia-noite; na morte do Filho de Deus, houve trevas ao meio-dia”.
c) Ele suportou a zombaria dos homens: Eles disseram: “desça da cruz”, “ah salvou os outros, a si mesmo não pode salvar”. “Oh tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas, desça da cruz e creremos em ti”.
d) Ele suportou o desamparo de Deus – O universo inteiro se contorceu de dores. O sol escondeu o seu rosto. As trevas inundaram a terra. As pedras se arrebentaram nos vales e Jesus gritou do alto da cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
e) Ele suportou o peso dos nossos pecados – Ele levou sobre o corpo no madeiro os nossos pecados. Deus fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi moído e traspassado pelas nossas iniquidades. Ele se fez pecado por nós. Não havia beleza nele. Ele foi feito maldição.
3. O que Cristo conquistou na cruz
a) Ele conquistou a redenção para o seu povo – Ele disse: “Está consumado”. A dívida foi paga. A justiça foi satisfeita. Agora o seu povo está quites com a lei. Agora já nenhuma condenação há para aqueles que estáo em Cristo Jesus.
b) Ele conquistou livre acesso à presença de Deus – O véu do santuário rasgou de alto a baixo (v. 51). Agora todos somos sacerdotes. Ele abriu um novo e vivo caminho para Deus.
c) Ele conquistou a vitória sobre a morte – Quando ele morreu, os mortos ressuscitaram. Ele entrou nas entranhas da morte, arrancou seu aguilhão, tirou o seu poder e venceu a morte, ressuscitando dentre os mortos.
CONCLUSÃO 
O drama da redenção reforça-nos três verdades e implicações profundas:
1. O nosso pecado é extremamente horrível
Nada revela a gravidade do pecado como a cruz. O que enviou Cristo a cruz não foi a ambição de Judas, nem a inveja dos sacerdotes, nem covardia vacilante de Pilatos, mas os nossos pecados. Ele morreu pelos nossos pecados. É impossível encararmos a cruz sem sentirmos vergonha de nós mesmos. Eu estava lá. Você estava lá. Não apenas como um expectador, mas como um assassino. Nós levamos Cristo a cruz.
Não havia uma outra forma de Deus perdoar os nossos pecados a não ser que o Filho de Deus fosse morto na cruz.
2. O amor de Deus é incompreensível
Deus poderia nos abandar à nossa própria sorte. Ele seria justo se todos nós fôssemos condenados, visto que o salário do pecado é a morte. Mas ele não nos abandonou. Ele nos amou e veio nos buscar. Ele estava em Cristo reconciliando-nos com ele. Ele não apenas nos amou, mas nos amou graciosamsente e graça é amor aos que não merecem.
3. Aquele que rejeita a oferta da graça só lhe resta uma horrível expectativa de juízo
A salvação é Deus. É gratuita. É pela fé. É para você. É urgente. É para hoje. Se hoje você ouvir a voz de Deus não endureça o seu coração. Hoje é o dia oportuno. Hoje é o dia da salvação. Venha a Cristo agora mesmo. Ele chama: Vinde a mim. Ele agora abre os braços, e diz: Vem. O céu o espera. O pai o aguarda. A noiva diz: Vem. O Espírito diz: vem!
Autor: Hernandes Dias Lopes

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Somos uma igreja enviada


Sempre que Deus teve uma tarefa importante a cumprir, Ele mandou alguém para fazer isso. Toda missão requer um remetente, o enviado, aqueles a quem é enviado e uma atribuição. Jesus envia a igreja ao mundo para pregar a salvação a todas as pessoas e nações. Ele comissionou a sua igreja em cinco diferentes ocasiões, em cinco diferentes endereços, em cinco configurações geográficas e com cinco ênfases diferentes.
Primeiro, o Evangelho de João.
Em ordem cronológica, Jesus comissionou a sua igreja, na noite do dia da sua ressurreição: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20.21). Neste texto de João, Jesus dá o modelo da missão: o trabalho missionário da igreja é a continuidade da missão de Deus. Assim como o Pai enviou o Filho, o Filho enviou os filhos do Pai. A missão da igreja é a missão de Deus.
Segundo, o Evangelho de Mateus.
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28.18-20). Neste texto, Jesus dá a estratégia da missão: sob a autoridade de Jesus, a igreja deve ir, discipular, batizar e ensinar pessoas de todas as nações da terra. Isso inclui evangelismo, discipulado e plantação de igrejas.
Terceiro, o Evangelho de Marcos.
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15). Neste texto, Jesus dá a dimensão da missão: ir por todo mundo e pregar a toda criatura. Trata-se de uma missão mundial, que envolve toda a população da terra. O evangelho deve ser pregado às pessoas de todas as tribos, línguas e nações.
Quarto, o Evangelho de Lucas.
“A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24.44-49). Neste texto de Lucas, Jesus dá a mensagem da missão: pregar o evangelho segundo a Bíblia, enfatizando que Jesus é o Messias Salvador que pode perdoar e salvar a todo pecador que se arrepender dos seus pecados. A mensagem revela o pecado do homem e apresenta a solução da graça de Deus para a salvação.
Quinto, em Atos dos Apóstolos.
E no dia da sua ascensão, Jesus disse: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8). Neste texto de Atos, Jesus revela a capacitação para realizar a missão: o poder do Espírito Santo. O trabalho humano com fins espirituais só será bem sucedido pelo poder divino e sobrenatural do Espírito. Sem o poder do Espírito nada realizaremos.
Estes cinco textos acima compõem a carta magna missionária da igreja até a Segunda Vinda de Jesus Cristo. Cabe-nos a humildade tarefa de cumpri-los.
Autor: Arival Dias Casimiro

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Quem quiser salvar a sua vida a perderá.

“Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa achá-la-á.” - Mateus 16.25

Aqui nesta passagem bíblica, o Sr. Jesus deixa bem claro para que todos possam compreender, que para entrar no reino dos céus não é tão simples como se costumam dizer. Ao contrário do que a religião ensina, é necessário a perda da vida neste mundo para que se possa obter a salvação da nossa alma.

Essa perda se refere ao sacrifício das nossas vontades, dos desejos da carne, dos pecados que nos satisfazem, mas que são abomináveis a Deus.

Jesus deixou bem claro que estreito é o caminho que conduz a vida eterna, ou seja, sem facilidades, requer esforço, renúncia dia após dia do que o mundo nos oferece. A salvação infelizmente será alcançado por poucos, não porque Deus não queira salvar, muito pelo contrário, Deus enviou o seu único Filho para morrer em nosso lugar na cruz e o ressucitou dentre os mortos, mas o problema é que muitos não querem fazer o mesmo por Ele.

Da mesma forma que o Filho de Deus deu sua vida pela humanidade, então cada um de nós devemos dar nossa vida por Ele e em troca disso receber a salvação eterna.

Imagine agora, uma porta estreita a qual você precisa atravessá -la, mas você carrega consigo bolsas, objetos, sacolas, roupas, malas, bagagens, enfim... várias coisas, com as quais irão te impedir, impossibilitar de você passar por esta porta. Desta maneira, a única forma de você passar ao outro lado é deixando toda essa "bagagem" do outro lado, deixar tudo aquilo que o impede de atravessar esta porta a qual deseja.

Entendamos agora o que eu quis dizer: Essa porta é o reino dos céus, todas essas "bagagens" são os seus erros e pecados, tudo aquilo que é contra os princípios de Deus, com os quais você praticando não será possível entrar no reino de Deus.

É necessário que você venha abandonar a todos eles, para assim estar sem impedimentos de atravessar por esta porta que o leva a salvação. Veja, tem de abandoná-los a todos, não é um ou outro, ou mesmo a maioria, mas a todos os pecados. Jesus disse que é necessário perder a vida nesta Terra, e quando alguém morre nada leva consigo, tudo é deixado para trás e é exatamente isso que Ele quer que entendamos e façamos. Não se engane, quem escolher viver esta vida, irá morrer para a eternidade perdendo sua salvação, mas quem morrer para o mundo, irá viver eternamente ao lado de Cristo.

Faça bem sua escolha, sua eternidade está em jogo.

Fonte: Portal Jovem

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O último dia de vida



Naquela manhã, sentiu vontade de dormir mais um pouco. Estava cansado porque na noite anterior fora deitar muito tarde. Também não havia dormido bem.

Teve um sono agitado. Mas logo abandonou a idéia de ficar um pouco mais na cama e se levantou, pensando na montanha de coisas que precisava fazer na empresa.

Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. Não prestou atenção no rosto cansado nem nas olheiras escuras, resultado das noites mal dormidas. Nem sequer percebeu um aglomerado de pelos teimosos que escaparam da lâmina de barbear. "A vida é uma seqüência de dias vazios que precisamos preencher", pensou enquanto jogava a roupa por cima do corpo.

Engoliu o café da manhã e saiu resmungando baixinho um "bom dia", sem convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo de despedida.

Não notou que os olhos dela ainda guardavam a doçura de mulher apaixonada, mesmo depois de tantos anos de casamento. Não entendia por que ela se queixava tanto da ausência dele e vivia reivindicando mais tempo para ficarem juntos.
Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não estava? Isso não bastava? Claro que não teve tempo para esquentar o carro nem sorrir quando o cachorro, alegre, abanou o rabo. Deu a partida e acelerou.

Ligou o rádio, que tocava uma canção antiga do Roberto Carlos, "detalhes tão pequenos de nós dois... "Pensou que não tinha mais tempo para curtir detalhes tão pequenos da vida.
Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos.

Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e o convidou para almoçar. Ele relutou bastante: sabia que iria gostar muito de estar com o neto, mas não podia, naquele dia, dar-se ao luxo de sair da empresa. Agradeceu o convite, mas respondeu que seria impossível. Quem sabe no próximo final de semana? Ela insistiu, disse que sentia muita saudade e que gostaria de poder estar com ele na hora do almoço. Mas ele foi irredutível: realmente, era impossível.
Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava totalmente lotada, e era muito importante começar logo a atender seus compromissos, pois tinha plena convicção de que pessoas de valor não desperdiçam seu tempo com conversa fiada.

No que seria sua hora do almoço, pediu para a secretária trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte. Começou a comer enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde.
Nem observou que tipo de lanche estava mastigando. Enquanto engolia relacionava os telefonemas que deveria dar, sentiu um pouco de tontura, a vista embaçou. Lembrou-se do médico advertindo-o, alguns dias antes, quando tivera os mesmos sintomas, de que estava na hora de fazer um check-up. Mas ele logo concluiu que era um mal-estar passageiro.
Terminado o "almoço", escovou os dentes e voltou à sua mesa. "A vida continua", pensou. Mais papéis para ler, mais decisões a tomar, mais compromissos a cumprir. Nem tudo saía como ele queria. Começou a gritar com o gerente, exigindo que este cumprisse o prometido. Afinal, ele estava sendo pressionado pela diretoria. Tinha de mostrar resultados. Será que o gerente não conseguia entender isso?
Saiu para a reunião já meio atrasado. Não esperou o elevador. Desceu as escadas pulando de dois em dois degraus.
Parecia que a garagem estava a quilômetros de distância, encravada no miolo da terra, e não no subsolo do prédio.
Entrou no carro, deu partida e, quando ia engatar a primeira marcha, sentiu de novo o mal-estar. Agora havia uma dor forte no peito. O ar começou a faltar... a dor foi aumentando... o carro desapareceu... os outros carros também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da rua, as luzes do teto, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo tempo em que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem. Era como se o videocassete estivesse rodando em câmera lenta. Quadro a quadro, ele via esposa, o netinho, a filha e, uma após outra, todas as pessoas que mais
gostava.
Por que mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto? O que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manhã? Por que não foi pescar com os amigos no último feriado? A dor no peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo: a do arrependimento. Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte, a da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.
Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos escorreram lágrimas silenciosas.
Queria viver, queria ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha, brincar com o neto...
queria... queria... mas não deu tempo.
Como está sua vida ? Qual o tempo que tem dedicado às coisas pequenas , mas importantes , da vida ? E Deus , em que lugar você ocoloca ? Será que ...?
Lembre-se , são poucas as pessoas que tem uma segunda e "nova oportunidade" de vida para mudar e ... Pense nisso

domingo, 25 de novembro de 2012

Tema: Aproxime-se de Jesus (lc 5-12-14)


A  Fé aproximou  aquele homem ao Senhor Jesus cristo.
E prostrando-se aos seus pés  o adorava pedindo que o purificasse.
E logo foi atendido ficou curado da lepra.
1-                Nos  séculos passados  não havia cura  para lepra. As pessoas que padeciam com essa doença eram tiradas da cidade, vilas e aldeias e lançadas fora  para morrerem bem longe por ser uma doença altamente contagiosa. A separação trazia sofrimento  tanto para o leproso quanto para família pois não podia haver aproximação entre eles. Mas, a barreira foi tirada pelo Senhor Jesus. Atraves da fé oração e adoração que moveu o coração do Senhor Jesus de grande compaixão.
2 – Neste século a lepra tem cura com tratamento em casa junto a família, com outro nome no entanto o inimigo resolvendo não deixar barato e usando como faraó os seus magos para fazerem  as varas virarem cobras . mas, a vara de Moises servo do  Senhor as engoliu. Os químicos do inimigo tem fabricado a lepra deste século em formas variadas.
Para contaminar os filhos da desobediência levando-os  a destruição através dos vícios das drogas e do alcoolismo. Separando os filhos dos pais e os pais dos filhos . Aprisionando os jovens e os matando trazendo a desonra e a tristeza para muitas famílias por falta de Deus.
2-                Você  hoje precisa desse encontro com o Senhor Jesus sentir o seu toque purificador capaz de quebrar todos os  aguilhões que o inimigo tem usado para ferir e para destruir todas as cadeias que tem mantido você cativo através dos vícios  das enfermidades e do poder maligno  do pecado. O Senhor Jesus tem poder para restaurar não só o corpo do leproso e purifica-lo  como também  tem poder para unir as famílias dilaceradas pelo inimigo fazendo com que vivam em união.
Porque quando nos aproximamos do Senhor em oração com fé  pedindo ajuda nos momentos que não podemos resolver as dificuldades que surgem em nossas vidas, ele vem estende as suas mãos e a enfermidade sai o inimigo foge  a paz retorna e há salvação para o pobre pecador.


Venha para o Senhor Jesus hoje.....
PR: Roberto França

sábado, 24 de novembro de 2012

SETE ERROS MINISTERIAIS


Preletor: Rick Warren

O que pode levar um ministério a parar no tempo

    Muitos ministérios começam com força e crescem espantosamente. No entanto, após o crescimento inicial, patinam. Tenho ouvido isso centenas de vezes da boca de pastores ao longo dos anos. Deus não quer que nossos ministérios fiquem estagnados. Para nos ajudar a ser ministros bem-sucedidos, Deus nos dá exemplos de erros a serem evitados, os quais Satanás está interessado em usar para impedir que nossos ministérios sejam aquilo que Deus quer que sejam.

1. PARE DE CRESCER 

Todo aquele que se mostra resistente a uma nova forma de fazer as coisas, defendendo o status quo ou se opondo à mudança que Deus deseja que aconteça, está perto de perder seu posto de liderança.

A chave para vencer as ciladas da liderança é continuar crescendo. Continue desenvolvendo suas habilidades, seu caráter, sua perspectiva, sua visão, seu coração para Deus e sua dependência dEle. Não pare de aprender. Leia livros e revistas, leia e releia a Bíblia, relacione-se com outros cristãos, ouça fitas e participe de congressos.

2. PARE DE SE IMPORTAR 

O líder que pára de ter paixão pelo ministério não irá longe. Esta é uma das armadilhas do ministério: há pastores que seguem servindo ao Senhor porque sabem que isto é o certo, mas seu coração não está mais no ministério. Não é assim que se serve a Deus.

Se você caiu nessa cilada, há esperança. Do mesmo modo como se restaura o amor no casamento, você deve fazer as coisas que fazia no princípio. Em outras palavras, comece a agir do modo como agia quando estava no primeiro amor. Mesmo que não se sinta mais apaixonado, aja de modo apaixonado. É mais fácil agir para sentir do que sentir para agir. Se você age amando, aqueles sentimentos voltarão. Faça, então, as coisas que originariamente lhe traziam alegria no ministério.

3. PARE DE OUVIR 

Aprenda a ouvir e a ser sensível aos outros. Estimule as pessoas às quais serve no ministério a conversar com você. Peça-lhes para contar seus problemas, suas dificuldades, seus medos, suas aspirações, seus sonhos e suas mágoas. Seja aberto às sugestões e às críticas construtivas e busque outras perspectivas.

4. PERCA O FOCO 

Muitas coisas podem distrair você do ministério. Problemas de ordem pessoal ou de saúde podem distrair você. Disputas de interesse podem distrair você. Coisas que você acha que são divertidas, boas e maravilhosas podem distrair você. Satanás não se preocupa se você não está pecando quando está distraído porque, quando você está distraído, você não está fazendo o que Deus quer que faça.

Deus quer que você mantenha o fogo. Nunca esqueça sua missão. Diz a Bíblia que “ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62). Não perca o foco.

5. FIQUE SATISFEITO 

A auto-satisfação é inimiga do bom líder. Se Deus lhe diz para ir, fique firme. Jamais pare de depender do Senhor. Pare de enrolar. Corra riscos na fé. Abra a embalagem. Tente algo que não pode ser explicado pelo poder da carne. Diga a si mesmo: “O que pretendo fazer em meu ministério e que poderá falhar a menos que o poder de Deus me socorra”? A menos que Deus seja sua bóia de segurança, você não está vivendo realmente pela fé. Dependa do Senhor.

6. TORNE-SE ARROGANTE 

Tenho visto acontecer demais. Quando um líder se torna arrogante, sua liderança sucumbe. Quando você acha que tudo depende de você e que não depende da ajuda do Senhor em seu ministério porque consegue manejar tudo, fique alerta.

7. FALHE EM DELEGAR 

Quando um ministério patina, Deus está lhe dizendo que alcançou o limite do poder que lhe deu para fazer sozinho. Você precisa ir do fazer ao delegar.

Envolva outras pessoas em seu ministério. Torne-se um líder de ministros. Liderar ministérios é um ministério em si mesmo. D. L. Moody disse o seguinte: “Prefiro pôr dez homens para agir do que agir por dez homens”.

Se você evitar estas sete armadilhas, terá um longo caminho para construir um ministério que perdure.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Os três botões do desejo

Que mal havia em Jesus transformar pedras em pães e assim aplacar uma fome de quarenta dias? Receber o poder e glória de todos os reinos do mundo sem precisar passar pela cruz também simplificaria as coisas para ele. E uma demonstração do poder de Deus enviando seus anjos para ampará-lo na queda, caso ele se jogasse do pináculo do templo, seria uma publicidade e tanto para a sua causa! Será que os fins não justificariam os meios?
O raciocínio humano diria que sim, mas qualquer pessoa que realmente conheça a Deus e sua Palavra imediatamente rejeitaria tal ideia. Jesus jamais iria fazer algo em obediência ao diabo, ainda que fosse para aplacar a fome. Também não iria evitar a cruz, se isso dependesse de adorar Satanás. No momento certo todos os reinos do mundo seriam de Jesus. E ele não precisava da publicidade sugerida pelo diabo, principalmente se isto envolvia tentar a Deus.
Existem ainda três outros aspectos na tentação de Jesus no deserto. São como três botões que, quando acionados, tentam obter uma reação do corpo, da alma e do espírito. Ao apelar para a fome, Satanás tenta despertar em Jesus um desejo ardente para a satisfação corpo, algo impossível no Filho de Deus. Ao expor numa vitrine o poder e glória de todos os reinos do mundo, o diabo quer despertar em Jesus uma inexistente cobiça dos olhos. E ao sugerir que ele salte do templo para ser amparado por anjos e obter publicidade e prestígio, o diabo apela para a soberba da vida, algo que jamais seria encontrado em Jesus, Deus e Homem.
Porém nós, que não somos o Filho de Deus, mas seres humanos comuns, temos estes três botões em nós prontos para responderem quando acionados. Eles vieram no pacote da natureza pecaminosa que herdamos de Adão. Na tentação no Jardim do Éden “a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento” (Gn 3:6). O apóstolo João, em sua primeira epístola, chama a isso de “concupiscência — ou cobiça — da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida” (1 Jo 2:16).
Por causa do pecado nosso corpo, alma e espírito ficaram vulneráveis às tentações que prometem satisfação física, glória mundana, e reconhecimento público. Ser tentado não é pecar — Jesus foi tentado e sabe se compadecer dos que são tentados. Porém cair em tentação, isto sim é pecado, e nós estamos sujeitos às quedas. Felizmente Deus é fiel e não permite que os que pertencem a ele sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando são tentados, Deus lhes dá um meio de escapar dela (1 Co 10:13). Isto você obtém também de três maneiras: dependência de Deus, devoção a Deus e confiança em Deus.
Autor: Mario Persona