domingo, 23 de outubro de 2011

Como enfrentar a oposição à obra de Deus



Como enfrentar a oposição à obra de Deus
Deus tem um plano para humanidade. Trata-se de relacionamento, tanto temporal quanto eterno. Nada mais, nada menos. Gênesis 2.18 afirma: “Não é bom que o homem esteja só”, e Mateus responde: “A virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL (EMANUEL traduzido é: Deus conosco)” (Mt 1.23). Mas o que isso implica para mim como pastor? Emanuel está agora com o Pai e eu estou aqui perambulando pela rua principal. De que forma funciona sua estratégia de se fazer presente neste mundo em pleno século XXI?
Os Fundamentos
O antigo axioma de que não podemos escapar da morte nem dos impostos reflete o investimento que fizemos para as nossas vidas: em relacionamentos e dinheiro. Em princípio, parece que a morte leva a vida e os impostos. Para o crente, entretanto, os relacionamentos continuam. De fato, os relacionamentos são a essência, o processo e a meta da interação de Deus com as pessoas. Da criação à consumação, a história bíblica detalha os esforços de Deus em estabelecer relacionamentos com os seres humanos, que, em resposta, podem desenvolver relacionamentos uns com os outros. E tudo continua para sempre.
A igreja não tem outra razão para existir senão expressar como são os relacionamentos em Cristo e atrair a grande comunidade cívica a desfrutar dessa mesma experiência. Jesus colocou nestes termos: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35).
À proporção que vemos a missão da igreja local somente em termos quantitativos (e.g., “Quantos são os membros?”), diluímos a mensagem essencial e qualitativa do Evangelho (e.g., “Você é precioso para Deus!”). É o maior desafio para nós que estamos em alguma posição de liderança, tanto por votação quanto por indicação, meditar diligentemente no que Jesus mencionou como o fator mais importante dito por Deus para a humanidade: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27).
A injunção é tão válida hoje quanto o era quando Jesus a proferiu, vinte séculos atrás. Contudo, é, de fato, a máxima mais dura apresentada nos evangelhos, uma verdade que deve ser tratada no âmago desse organismo chamado Igreja. A tendência é deixar passar esse grande mandamento simplesmente confessando-o: “Sim, é claro; é isso mesmo! É por onde devemos começar”. Contudo, na realidade, não é por onde devemos começar; antes, é por onde devemos terminar. A reflexão de Oswald Chambers aprende a essência da ideia, quando diz: “Aquilo que o homem vê como o processo Deus vê como a meta”.
Tudo acerca da vida, morte e ressurreição de Jesus aponta-nos em direção a uma união reconciliadora com Deus e a humanidade. Portanto, a missão da igreja é, primariamente, ser modelo de como o amor a Deus e o amor ao próximo agem. Com isso em mente, quando os pastores voltam sua atenção ao “aperfeiçoamento dos santos”, estão formando relacionamentos na igreja que naturalmente se difundem pela comunidade. Aqui os pastores podem agir com grande confiança, porque a obra está bem de acordo com o eterno plano de Deus para os séculos e suas implicações específicas para o viver diário.
Um Requisito Prévio e um Príncípio
A formação de relacionamentos começa com um procedimento e um procedimento apenas: atitude. Um líder tem de querer vê-la acontecer. Se um líder desejar ver relacionamentos criados e mantidos, já tem ele toda a autoridade e o apoio de Deus. Mas é necessário termos a mesma atitude que o Pai teve por nós através de Jesus para chegarmos a esse ponto. O apóstolo Paulo descreve essa atitude como a “mente de Cristo” (Fp 2.5). Lendo os evangelhos, encontramos sua mente expressa em cada página. Quando chama os Doze, cura os doentes, alimenta os famintos, identifica-se com os proscritos, fica claro que sua intenção é: Ele deseja ter um relacionamento com as pessoas – em qualquer lugar, a qualquer hora, em qualquer cultura, com qualquer pessoa, a qualquer preço. Portanto, o quer que se levante contra tais relacionamentos redentores, dentro ou fora da igreja, não pode ter seu selo de aprovação.
Numa leitura mais detida, os evangelhos revelam um princípio que expressa o ímpeto do coração de Jesus. Ainda que muitos princípios-chaves estejam evidentes em seu ministério, este é o principal: Ele decide aceitar as pessoas onde quer que as encontre, exatamente do modo como estão.

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