quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Triste Caso de Judas




O Triste Caso de Judas
Introdução:
Ninguém quer levar o nome de Judas Iscariotes. Os nomes dos demais apóstolos tem sido copiados por muitos, porém o de Judas até hoje não conheço uma pessoa com o nome de Judas Iscariotes, este nome permanece só e triste através dos séculos. Por que? Porque está manchado com o estigma da traição. E em vez de recriminação, o discípulo traidor é digno de pena. Nós sem levarmos o nome dele, temos caído contudo no mesmo erro. Judas, pois, deve servir-nos de uma grande admoestação.
I – Quem era Judas
1 – Um dos Doze
Foi chamado pelo Mestre, igual os demais discípulos
Cristo viu nele um jovem inteligente, entusiasta, dinâmico, em quem se escondiam tremendas possibilidades para o bem
De outro modo, nunca haveria sido chamado
Acompanhou o Mestre como os demais
Recebeu insultos com o Mestre, sofreu fome com Ele, se alegrou com Ele em suas vitórias.
Foi testemunha de toda a glória do Senhor, e nela se alegrou
Assistiu a grande confissão de Pedro (para quem iremos pois só tu tens palavras de vida eterna)
2 – Foi Premiado Com Um Posto de Honra
Foi um homem de confiança do Mestre
De outra maneira nunca haveria sido o tesoureiro do pequeno grupo
Supõe-se que Cristo pôs em suas mãos a bolsa para apressar a sua condenação, esta é uma idéia mesquinha. É ignorar o coração de Jesus
Foi um grande administrador
Possivelmente devido a sua habilidade os discípulos não sofreram privações maiores
Seus companheiros nunca duvidaram dele
Pelo menos durante um certo tempo, Judas desempenhou seu trabalho fielmente, com absoluta honra
II – Como caiu Judas.
1 – Por Surpresa? De repente?
As caídas repentinas no terreno espiritual, não existem
São o resultado de um descuido, ou de uma inclinação alimentada
Judas começou como começa todos os bêbados, todos os drogados, todas as prostitutas, todos os que se perdem, por muito pouco.
Houve um dia em que o diabo do ouro falou as portas do seu coração puro e sincero
Foi isto ao receber uma boa remessa de dólares, ou ao passar o balanço da bolsa
Com pena e com medo pegou apenas uma moeda para si
Logo, na próxima vez, ao receber novas remessas de dólares, pegou algo mais que duas moedas
O tempo foi passando e o temor de Judas por Deus, e agora já estava com mais da metade da remessa de dólares para si, já tinha um caixa dois.
Daqui para trás Judas poderia sair dessa, e ser um salvo com os demais. Porém daqui para frente foi um homem perdido
2 – A traição
Seu novo Senhor, o dinheiro, reservava para ele o último pedido
Havia já sacrificado no altar de Mamon, a dignidade, a vergonha e a honra.
Agora Mamon vai pedir-lhe uma prova final: O sacrifício de uma amizade santa, sobre a base de um preço, de uma venda.
Caiu Judas por acaso? De surpresa?
Veja como ele foi onde estavam os inimigos
Veja como ele discutiu o preço da vitima
Veja como acertou os detalhes de como o entregaria
O pecado premeditado não é fruto de surpresa
Judas era, já há muito tempo um homem caído, só esperava uma oportunidade para corromper a sua alma.
III – O Triste Fim do Apóstolo
1 – O Pecado, Repetido por Muitas Vezes Endurece e Cega
“O que tende o fazer, fazei-o depressa”
O Senhor que compreendia o triste estado do perdido discípulo, tratou de concientiza-lo
Chama sua atenção no prato
Chama sua atenção no pão molhado
Fala numa linguagem direta ao seu coração
Lhe olha com um olhar profundo de advertência carinhosa
Porem judas não acorda
Judas sai e consuma a traição
2 – O Pobre Discípulo se Condena a Si Mesmo
Pedro comete uma traição também e é perdoado, porque se arrepende
Judas reconhece no fim o seu erro, porem não pode se arrepender, por que?
O processo de sua queda havia sido muito grande
Havia deixado profundos buracos em sua alma, buracos que já não se podiam tapar
Havia secado seu coração dos melhores impulsos e dos mais nobres sentimentos
Sua alma era um deserto, e não há chuvas para os desertos
Para tais pessoas, só ficam duas alternativas aceitar o pedido de Jesus para o arrependimento ou caminhar para o inferno como caminhou Judas.
Foi tarde para Judas evitar o triste fim que ele havia traçado para si mesmo.
Conclusão
Há em tudo isto uma tremenda admoestação para nos esta noite: o perigo da negligência. O pecado não se apodera do coração repentinamente, senão aos poucos, Pedro, ainda que descuidou as vezes e caiu, soube levantar-se a tempo antes que fosse tarde demais. Temos que estar atentos todo o tempo fugindo de toda aparência do mal, vigiando e orando.
Autor: Pr Joaquim Andrade
Fonte: Esboços de Sermões

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