quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Como pode o cristão ser uma benção?




  • Como pode o cristão ser uma benção?
    Introdução: É desejo normal de cada crente ser uma bênção. Quando as bênçãos de Deus operam em nossa vida, podemos ser uma bênção para outros. Tem vida cristã aquele que  procura fazer de seu  próprio viver um motivo de bênçãos para o próximo. Nisto o crente segue o exemplo de Jesus Cristo, “o qual andou por toda parte, fazendo o bem” (At 10.38); prova também que em seu coração permanece o amor de Deus (1Jo 3.17).
    Na comunhão de sentimentos há o elemento pessoal que dá sentido à expressão do amor, tal como havia no coração de Cristo.
    No Antigo Testamento, uma bênção usualmente consistia em uma oração em um pronunciamento solene. Em Salmo 103, temos uma expressão pessoal de agradecimento, em face das bênçãos divinas recebidas.
    O Antigo Testamento encerra várias bênçãos domésticas, nas quais o pai de família invoca a bênção divina sobre seus filhos (Gn 9.26,27-29; 48.15,16). A essas bênçãos dava-se grande valor, pois as pessoas criam no Deus de Israel. Moisés proferiu uma bênção sobre o povo de Deus como um todo (Dt 28.1-14). A bênção clássica é a bênção de Arão (Nm 6.24-26). Bênçãos eram invocadas quando da adoração pública (Lv 9.22; Dt 10.8). A postura física dos invocantes usualmente incluía o gesto das mãos erguidas (Lv 9.22).
    Nas páginas do Novo Testamento, há bênçãos eloqüentes em Rm 15.3; 2 Co 13.14; Hb 13.20,21; Jd 24; 1Pe 5.14; 3Jo 15. Várias dentre as quais são comumente usadas nos cultos de adoração.
    I.  SIGNIFICADOS DE BÊNÇÃOS NA BÍBLIA.
    1. Favor da parte de Deus que faz o Seu povo prosperar (Sl 3.8)
    2. Todas as boas coisas vindas da parte de Deus para o Seu povo (Dt 28.1,2).
    3. Presente (Gn 33.11). Esaú conhecia Jacó, mas não os outros, por isso Jacó apresentou sua família, grupo por grupo, e cada grupo, por sua vez, cortesmente se inclinou. O irmão mais velho ficou confuso com os três grupos de servos com presentes que o abordaram. Jacó explicou que os presentes eram dados para ele achar graça aos olhos do irmão afastado. Mas há muito que Esaú não guardava rancor contra Jacó, e indicou que não precisava dos presentes. Contudo, aceitou-os quando Jacó insistiu. Não eram necessários para apaziguar a raiva de Esaú, porque Deus há muito tempo preparou o seu coração para perdoar Jacó. Mas o coração de Jacó só foi preparado naquela manhã, então os presentes representavam gratidão e afeto, em vez de apaziguamento.
    4. Graça divina transmitida por alguém a outrem (Is 19.24).
    II. CLASSIFICAÇÃO DAS BÊNÇÃOS DE DEUS.
    1. Temporais, Gn 24.35; Êx 23.25; 2Sm 6.11; Sl 68.19.
    2. Espirituais, Ef 1.3 (inclui salvação, paz, perdão, novo coração, vida eterna, etc).
    III. IMPORTÂNCIA DA BÊNÇÃO DE DEUS.
    1. A Bênção do Senhor é eterna (2Sm 7.29).
    2. A Bênção do Senhor é decreto (Sl 133.3).
    3. A Bênção do Senhor enriquece (Pv 10.22)
    4. A Bênção do Senhor acompanha o homem fiel (Pv 28.20).
    5. A Bênção do Evangelho é completa (Rm 15.29).
    IV. COMO PODE O CRENTE SER UMA BÊNÇÃO?
    1. Entrando na vontade de Deus, Gn 12.1. – Abraão morava em Ur dos Caldeus (Gn 11.28), uma vida monótona, sem Deus, num país onde se servia aos ídolos (Js 24.2,3). Mas o Deus da glória lhe apareceu (At 7.2; 2Pe 1.3), e deu-lhe a Santa chamada, que continha um lado negativo: Sai da tua terra (Gn 12.2), isto é, deixa o que não me agrada (At 2.40), e um lado positivo, isto é, vai para a terra que eu te mostrarei (Gn 12.1), isto é, entra na minha vontade.
    A chamada exigia tanto fé (Hb 11.9), como obediência (Hb 11; 8). Por isto se fala da “obediência da fé” (Rm 16.21; 1.5). Abraão obedeceu incondicionalmente, saindo de sua terra sem ter certeza do futuro. Sabia apenas que Deus proveria tudo que fosse necessário no tempo próprio. E ele acabou sendo o pai da nação israelita e de todos os que crêem, tendo seu nome citado na gelaria dos homens de fé (Hb 11.8-10).
    a) À vontade revelada (Hb 11.9).
    b) À vontade obedecida (Hb 11.8). – Tem de obedecer, não há outra alternativa!
    c) À vontade cumprida (Gn 12.4).
    2. Conservando a Bênção de Deus, (Gn 12.2).
    Esta promessa que Deus deu a Abraão, Ele a cumpriu duma forma abundante. Foi pelo que o Senhor fez tanto na vida de Abraão como na de seus descendentes, que ele se tornou uma bênção, que ainda hoje impressiona.
    a) A bênção pertence a Deus – Dt 12.15. – O que o Senhor fez na vida de Abraão constitui-se um verdadeiro exemplo. Deus nos convida a “andar nas pisadas daquela fé de nosso pai Abraão” (Rm 4.12). Assim também Deus fez grandes coisas por Israel e seus descendentes, escolhidos para serem o seu próprio povo (Dt 7.6), para por meio dele fazer conhecida aos povos em redor a grandeza de Deus (Dt 4.7).
    b) A bênção é dada por Deus (Êx 32.29)
    c) A bênção é dada por bondade (Sl 21.3).
    3. Abraão deu o passo para dentro da vontade de Deus. Embora com problemas no início (Gn 11.31,32) Deus lhe despertou de novo (Gn 12.1), e ele “partiu como o Senhor lhe tinha dito” (Gn 12.4). Foi isto, que abriu para Abraão as possibilidades de ser uma bênção. Ninguém tem em si condições de ser uma bênção, pois a todos faltam as virtudes para isto. Pedro At 13.12, e Paulo 2Co 3.5-8, afirmaram isto. Jesus disse: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5). Mas entrando no caminho de Deus, cada crente, seja novo (Jr 1.7; 1 Tm 4.12) ou velho, (Sl 92.14,15, tem possibilidade de ser uma grande bênção.
    4. Repartindo a bênção de Deus.
    a) Jacó recebeu a bênção de Abraão (Gn 28.4).
    b) Paulo desejou abençoar os Romanos (Rm 1.11).
    c) A casa de Cornélio foi abençoada através de Pedro (At 10).
    V. ABRAÃO SE TORNOU UMA BÊNÇÃO PELO QUE O SENHOR FEZ NELE.
    “Far-te-ei uma grande nação … e serás uma bênção”(Gn 12.2). Esta promessa que Deus deu a Abraão  Ele cumpriu duma forma abundante.  Foi pelo que o Senhor fez tanto na vida de Abraão como na dos seus descendentes, que ele se tornou uma bênção, que ainda hoje impressiona.
    O que o Senhor fez na vida de Abraão constitui-se um verdadeiro exemplo. Deus nos convida a “andar nas pisadas daquela fé de nosso pai Abraão” (Rm 4.12). Assim também Deus fez grandes coisas por Israel e seus descendentes, escolhidos para serem o seu povo próprio (Dt 7.6), para por meio dele fazer conhecida aos povos em redor a grandeza de Deus. Deixa, portanto, Deus operar em ti, e serás também uma bênção.
    A promessa feita a Abraão conforme alguns estudiosos da Bíblia foi sétupla:
    1. Ele seria o pai de uma grande nação. A palavra hebraica usada aqui é goy, e não am (povo). É um conceito político, implicando em uma base territorial. Aqui de fato se encontrava o teste da fé de Abraão em Deus, porque com setenta e cinco anos ele ainda não tinha herdeiro!
    2. Deus o abençoaria durante a sua vida. Isto significava que ele iria ser protegido de qualquer dano e que ele gozaria do favor de Deus de forma ainda não imaginadas.
    3. O próprio Abraão seria uma figura mundial (o seu nome iria ser grande). Não se pode culpar um homem por querer ser conhecido em círculos mais amplos. O erro está na razão indigna para esse desejo e nos métodos questionáveis empregados para alcançá-lo.
    4. Ele seria uma bênção para outras pessoas. Não é suficiente querer um lugar de destaque só por amor à fama. Abraão seria abençoado por Deus para que pudesse ajudar os outros. Cargos elevados devem inspirar um senso de responsabilidade, e não de mero gozo dos privilégios especiais neles inerentes.
    5. As suas bênçãos seriam compartilhadas com aqueles que o recebessem, pois desta forma  eles declarariam a sua abertura para com Deus.
    6. Os que amaldiçoassem (degradassem, desprezassem) Abraão, com esse ato revelariam insensibilidade para com Deus, que estava operando nele, e precipitariam a ira de Deus sobre si próprios.
    7. A sua influência benéfica seria universal. Temos aqui, a primeira alusão ao conceito do universalismo inerente na fé de Israel.
    VI. DEUS ABENÇOOU ABRAÃO E ASSIM TORNOU-SE UMA BÊNÇÃO.
    Abençoar-te-ei… e serás uma bênção”, (Gn 12.2). No caminho da fé no qual Deus guiou Abraão, a sua fé aumentou mais e mais. Cada vez que Abraão vencia algum obstáculo, (Gn 12.10-20; 13.1-6), ou em obediência a Deus tomava mais um passo (Gn 13.17,18), a sua fé crescia cada vez mais. E quando a prova da fé chegou a ponto de Deus pedir o seu Isaque, ele prontamente obedeceu (Gn 22.1-17). Deus então lhe abençoou riquíssimamente, renovando mais uma vez a promessa: “em tua semente serão benditas todas as nações da terra” (Gn 22.18).
    A bênção que Abraão recebeu é, conforme a explicação inspirada em Gl 3.14, uma figura da bênção do Espírito Santo. A história de Abraão mostra que a bênção recebida deu-lhe ainda mais fé e proporcionou-lhe uma comunhão íntima com Deus, que recebeu o nome de “amigo de Deus”, (Tg 2.23; 2Cr 20.7; Is 41.8), aliás, uma coisa maravilhosa! (Jo 15.13-15). Ele chegou a ver o dia do Filho de Deus. “Abraão exultou por ver o meu dia, viu-o e alegrou-se”. (Jo 8.56; Gn 22.18). Deus lhe revelava os Seus segredos, (Gn 18.17).
    A bênção de Abraão, o batismo com o Espírito Santo, ainda hoje é dada, pelos méritos de Jesus, pela Sua morte, (Gl 3.13,14; At 2.39). Busca pela fé e obediência, como fez Abraão, e serás uma bênção muito grande, uma testemunha de Jesus (At 1.8; 5.32).
    VII. DEUS ENGRANDECEU ABRAÃO.  
    Engrandecerei o teu nome e serás uma bênção”, (Gn 12.2). Um segredo de grande influência que acompanhava Abraão foi o nome honrado que ele adquiriu pela sua maneira de viver. O rei Abimeleque veio a ele dizendo: “Deus é contigo em tudo que fazes…” (Gn 21.22). Quando Abraão queria comprar um sepulcro para a sua esposa, Sara, disseram os filhos de Hete: “ Príncipe de Deus és no meio de nós”, (Gn 23.6). Até após sua morte o nome de Abraão é lembrado como um exemplo excepcional, digno de ser imitado.
    Assim, caro irmão (ã), podes ser uma bênção. Vive uma vida de bom testemunho, (At 16.2). Existindo harmonia entre a tua vida de crente e o que a Bíblia ensina sobre o modo como o crente deve viver, terás bom testemunho dos que estão de fora, (1Tm 3.7), servindo bem, e poderás adquirir uma boa posição e muita confiança (1Tm 3.13). Este bom nome vale mais do que riquezas (Pv 22.1), mais do que o ungüento (Ec 7.1).
    O bom exemplo do crente é útil tanto para os pecadores, (1 Pe 2.12; Mt 5.16; Fp 2.15,16), como para os que crêem (1Tm 4.12), pois lhe mostra a Palavra de Deus posta em prática. E isto é uma grande bênção.
    VIII. ABRAÃO – UMA GRANDE BÊNÇÃO PORQUE DELE VEIO CRISTO.
    “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”, (Gn 12.2). “Em tua semente serão benditas todas as nações da terra”, (Gn 22.18). Ele seria canal de bênçãos para os outros. De tal modo ele estaria relacionado com eles que o destino dessa gente seria determinado pelo modo que o tratassem. Deus seria gracioso com quem o ajudasse e castigaria quem o amaldiçoasse. A influencia de Abraão seria mundial, uma graça divina e uma bênção para muitas nações. O Espírito Santo dá interpretação desta profecia, explicando que “a tua posteridade é Cristo”, (Gl 3.16). Um dos resultados da fé e da obediência de Abrão foi o de cooperar para preparar o caminho para Cristo vir ao mundo. Com isto é mais do que evidente a razão por que Abraão foi uma tão grande bênção.
    Queres ser uma bênção? Leva, pois a mensagem de Cristo e de Sua salvação, tanto pela tua vida (2Co 4.10,11; At 4.13), como pelo teu testemunho (At 4.31). Na mensagem da salvação de Jesus está a solução dos problemas dos homens. Que muitas famílias possam bendizer o nome de Jesus, porque foi pelo teu testemunho, que chegaram a crer nEle, (1Tm 2.4; 2Co 5.18-20). E esta bênção permanecerá quando as coisas terrestres desaparecerem.
    IX. COM A SUA OBEDIÊNCIA, ABRAÃO FOI ABENÇOADO.
    Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu”, (Hb 11.2). Foi esta rendição total à vontade de Deus que fez com que Abraão se entregasse nas mãos do Senhor para ser usado desta maneira maravilhosa.
    Este é o caminho para todos nós. Seja a vida de cada um de nós entregue inteiramente ao Senhor, (Rm 12.1,2; 2Co 8.5). Deixemos a nossa própria vontade e os nossos próprios planos, dizendo, conforme Jesus nos ensinou: Seja feita a tua vontade, (Lc 22.42; Mt 6.10). Assim experimentaremos também que “a mão do Senhor estará conosco”, (At 11.21; Is 41.13; Sl 80.17; 89.21), e assim cada um de nós será uma BÊNÇÃO!!! Que assim seja, Amém.
    X. CARACTERÍSTICAS DE VIDAS QUE SÃO BÊNÇÃOS PARA O PRÓXIMO.
    É de grande importância, conhecer o retrato, as características, nas vidas que são bênçãos para o nosso próximo, considerando-se o momento que estamos vivendo, quando muitos só pensam em si. Quantos que comparecem aos cultos e não conhecem e nem cumprimentam os que estão aos seus lados. Encerrada a reunião correm para suas casas e nem cumprimentam aquelas pessoas pelo menos as mais próximas.
    Vamos observar o retrato de vidas que são bênçãos para o próximo:
    1. São impulsionadas pelo serviço – “Servi-vos uns aos outros” (Gl 5.13). O serviço ao próximo é padrão de grandeza no reino de Deus. Jesus ensinou: “O maior entre vós seja… como quem serve” (Lc 22.26).
    2. São motivadas pelo amor – Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.14). No amor está a solução de todos os problemas sociais. Sendo efetivo, a regra áurea será uma realidade permanente as relações humanas.
    3. São guiados pela mansidão – Vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão” (Gl 6.1). Jesus disse que deveríamos aprender dele, que era manso e humilde de coração (Mt 11.29). A mansidão no trato com o nosso próximo revela que temos o espírito de Cristo. É uma característica na vida espiritual.
    4. São estimuladas pelo exemplo – Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6.2). A consciência cristã conclui, observando o que Cristo fez por nós, que também não devemos ambicionar o serviço alheio, porque ele veio para servir (Mt 20.28).
    5. São persuadidas à elevação – Quem semeia no Espírito, do Espírito herdará a vida eterna” (Gl 6.8). As obras do Espírito são aquelas que se fazem pelo amor a Deus. A elevada disposição de servir ao próximo como se servíssemos a Deus, é uma semeadura no Espírito que alegra o coração daquele que semeia, por levar alegria a outros corações.
    6. São incitadas à perseverança – Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo, ceifaremos” (Gl 6.9). Ainda que não cheguemos a sentir o reconhecimento pelo bem que praticamos, não devemos desanimar. Há uma recompensa prometida àqueles que perseverarem nesse dever cristão. E aquele que prometeu não falha no cumprimento de sua promessa.
    7. São benéficas a todos – Enquanto temos oportunidade, façamos bem a todos” (Gl 6.10). Se o bem deve ser prestado indiscriminadamente a todos, motivo especial tem o crente para manifestá-lo àqueles a quem está ligado pelos laços da fé comum em Jesus Cristo. Amém!   
    Conclusão: Somente através da obediência nos credenciamos a sermos uma bênção. O profeta de Deus por nome Samuel, disse que “obedecer é melhor do que o sacrificar”. Que este estudo tenha servido para uma avaliação dos que dele participaram, e possamos enquadra-nos na Palavra de Deus e assim estaremos sendo usado por Deus para sua glória e honra. Amém!

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