segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O verdadeiro cristão também se identifica por aquilo que diz


Sou um homem de lábios impuros (Is 6.5a).
 
Vim de Minas em 1972; estava acostumado a ouvir, em rodinhas masculinas, algumas palavras impuras, mas quando havia mulheres por perto, os rapazes respeitavam-nas e não proferiam nem sequer os palavrões chamados leves. No novo domicílio as moças é que mais usavam palavras torpes, o que me deixou surpreso! Decorridos quase 40 anos, percebemos que a linguagem obscena já está arraigada na prosa popular em geral; somente em ambientes mais formais e em reuniões na igreja é que a linguagem é respeitosa.
 
O texto bíblico de hoje mostra que, cerca de 700 anos antes de Cristo, há 2.700 anos, os lábios já eram impuros, como dizia Isaías. Mas ele complementa que os seus olhos viram o Rei, Senhor dos Exércitos; e que um dos serafins tocou os seus lábios com uma brasa viva e a sua culpa foi removida e perdoado o seu pecado. Naquele momento o Senhor disse: “Quem enviarei, quem irá por nós?” Isaías respondeu: “Eis-me aqui, envia-me!” (v 8). Agora o que ele diria teria valor.
 
O palavrão não é um mau hábito desta nossa geração; vem de longa data, embora, ressalvamos, há pouco tempo poupava os ouvidos femininos. Isso faz-nos lembrar que a Bíblia afirma que “todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23); sim, “não há ninguém que faça o bem” (Sl 14.3).
 
Carecemos ser tocados por Jesus como Isaías o foi, para que nossos lábios, nossos pensamentos, nossa vida sejam convertidos a Jesus; porque “se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas (pecados) já passaram; eis que surgiram coisas novas” (2Co 5.17).
 
Deus nos fala através de Paulo: “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês...” (Ef 4.29a); e Jesus disse: “A boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45b). O verdadeiro cristão também se identifica por aquilo que diz e como fala – coisas boas, santas, construtivas e verdadeiras, que edificam a vida do próximo. – ETA
 
Não somos perfeitos, mas devemos buscar a perfeição – e cuidar do que se fala é um bom começo.

Guia me

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