sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Estevão, o homem que viveu de forma plena

Vida irrepreensível, palavras irresistíveis e obras irrefutáveis. Conheça mais desse protomártir do cristianismo

Fonte: Guiame

OraçãoEstêvão foi o primeiro diácono da igreja primitiva e também o primeiro mártir do Cristianismo. Foi um homem que viveu de forma plena. Era cheio do Espírito Santo, cheio de sabedoria, cheio de fé, cheio de graça e cheio de poder. Estêvão viveu de forma superlativa e morreu de forma exemplar. Sua vida inspira ainda hoje milhões de pessoas. Seu legado atravessa os séculos. Sua voz ainda ecoa em nossos ouvidos e suas obras ainda nos deixam perplexos.
 
Seu discurso diante do sinédrio é o sermão com o maior número de citações bíblicas de toda a Escritura. Embora tenha sido eleito para a diaconia das mesas, exerceu também a diaconia da palavra. Conhecia a palavra, vivia a palavra e pregava com poder a palavra. Sua serenidade diante da perseguição era notória. Sua coragem para enfrentar a morte era insuspeita. Enquanto seus inimigos rilhavam os dentes contra ele, seu rosto transfigurava como o rosto de um anjo. Mesmo sendo apedrejado pelo seus algozes, orou por eles, à semelhança de Jesus. Em vez de evocar sobre eles a maldição, pediu a Jesus para não colocar na conta deles seus próprios pecados. Perdão e não vingança era o lema de sua vida.
 
Três marcas indeléveis distinguem esse protomártir do Cristianismo.
 
Em primeiro lugar, sua vida era irrepreensível (At 6.3). “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço”. Estêvão era homem de boa reputação. Seu caráter era irrepreensível e sua conduta ilibada. Era homem impoluto e sem jaça. Sua vida referendava seu ministério. Sua conduta era a base do seu trabalho. Seu exemplo, o fundamento de sua liderança espiritual. Estêvão viveu o que pregou. Não havia nenhum abismo entre suas palavras e suas obras. Era íntegro e pleno.
 
Em segundo lugar, suas palavras eram irresistíveis (At 6.10). “E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele falava”. Por ser um homem cheio do Espírito, de sabedoria, de fé, de graça e de poder, Estêvão era boca de Deus. Cada palavra que saia de sua boca tinha o peso de uma tonelada. Seus inimigos podiam até discordar dele, mas jamais refutá-lo. Estêvão tinha conhecimento e também sabedoria. Tinha luz na mente e fogo no coração. Suas palavras eram ao mesmo tempo ternas e doces e também fortes e cortantes. Ao mesmo que trazia cura para os quebrantados, feria os de coração endurecido; ao mesmo tempo que confortava os aflitos; perturbava os insolentes.
 
Em terceiro lugar, suas obras eram irrefutáveis (At 6.8). “Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. Estêvão pregava aos ouvidos e também aos olhos. Falava e fazia, ensinava e demonstrava. Suas obras irrefutáveis testificavam de suas palavras irresistíveis. Por ser um homem que vivia cheio do Espírito, de fé, de sabedoria, de graça e de poder, Deus operava por meio dele grandes milagres. Os milagres não são o evangelho, mas abrem portas para testemunhá-lo. Muitos estudiosos da Bíblia afirmam que a vida irrepreensível de Estêvão e o seu poderoso testemunho na hora da morte impactou decisivamente o coração de Saulo de Tarso, que mais tarde, convertido a Cristo, transformou-se no maior bandeirante da fé. Que Deus nos dê homens do mesmo calibre de Estêvão, homens que ousem viver de forma plena num mundo cheio de vazio.
 
 
- Hernandes Dias Lopes

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Você pode vencer como Gideão. Algumas verdades antes da vitória

Por Silvio Costa

Você pode vencer como Gideão. Algumas verdades antes da vitóriaVocê pode vencer como Gideão. Algumas verdades antes da vitória
Talvez você pense que o texto abordará sobre a milagrosa vitória de Gideão com seus trezentos homens sobre a multidão dos midianitas, mas a reflexão não se detém a esse glorioso fato; antes, analisa a construção da vitória pessoal de Gideão que precedeu a de Israel. São essas lições que mostram o pano de fundo de grandes viradas com a presença de DEUS em nossa vida e sua bênção e autoridade em nossa vanguarda.
Deus deseja se revelar a você (Jz 6:12). Nosso Deus não mudou e se dispõe a socorrer-nos em nossas angústias e incertezas, às vezes provocadas por invasores, como os midianitas no tempo de Gideão. Muitas vezes surpreendentemente debaixo dos mais frondosos carvalhais existenciais, a misericórdia do Senhor se manifesta em nosso favor; e como Ele assentado à nossa espera, propõe-nos mudança de vida e transformação de realidade (Jz 6:14). Ouça esse Deus vivo que manifesta-nos a razão da vida e seus projetos de vitória reservados a nós.
Gideão não se entregou por conta da crise (Jz 6:11). Existem crentes que apenas põem-se a reclamar de tudo, mas na prática nada fazem além de murmurar. Independente de qual for sua dificuldade, sempre há algo de útil a se fazer, mesmo de forma inusitada e até incomum, como foi o caso de Gideão, trabalhando com trigo na casa das uvas, como estratégia para não chamar a atenção do inimigo que poderia saquear sua pequena colheita. Haverá dias que nossa postura deverá ser igual à dele, malhar nossas mágoas, ansiedades e frustrações no lagar das orações, defronte da presença de Deus. Faça isso e ponha-se numa posição estratégica para se proteger e receber respostas que definirão sua vida e seu futuro. Gideão era tão humano como eu você e também teve suas dúvidas, vejamos:
1. Questionou o cuidado de Deus por conta da crise (Jz 6:13a). Na maioria das vezes achamos que se estivermos obedecendo a Deus e seguindo seus preceitos ficaremos imunes aos problemas e dificuldades, o que não é verdade. Aos que estão obedecendo e continuam sofrendo, que entendam que é uma luta permitida pelo Senhor, acredite que Ele não te livra da crise, mas te sustém e se revela nela, prepare-se para uma grande revelação ou uma maravilhosa experiência. Deus jamais nos prometeu ausência de problemas, doenças ou necessidades, antes nos garantiu soluções, curas e a cuidar de todas as nossas carências; creia em sua provisão e cuidado, pois Ele é Fiel!
2. Desconfiou do testemunho de seus irmãos na fé (Jz 6:13b). Em algumas situações onde as crises e dificuldades se prolongam ou crescem em gravidade, além de perdemos muito de nossa fé, também passamos a descrer do testemunho dos outros que passaram por tribulações semelhantes. Se existem propósitos celestiais em relação a nós em nossas lutas, um deles deve ser o de trazer pra nós uma experiência pessoal vívida a substituir o testemunho de terceiros em nossa relação com Deus. Quem sabe você já ouviu muito sobre o poder de Deus e agora é o tempo de experimentar e recebê-lo em sua vida, pense nisso!
3. Precisou fazer prova com Deus para prosseguir (Jz 6:17). Mesmo que tenha soado como incredulidade, o pedido de Gideão foi feito com humildade e temor e o Senhor o atendeu. Já temos razões suficientes pela Palavra de Deus para crermos no amor de Deus para conosco em tudo, mas às vezes ansiamos por uma resposta específica e dirigida a nossos dilemas. Tudo bem, esse mesmo Deus que, pôs-se a esperar pelo atribulado e reverente Gideão, também conhece sua sinceridade e humanidade. Considere como específico esse comentário que você está lendo agora. Não foi composto por acaso, é provável que eu tenha sido impulsionado a compô-lo especialmente por sua causa. É o Deus de Gideão tocando com a ponta de seu cajado de compreensão mais uma vez. Ele é verdadeiro, tão somente creia nele de todo o seu coração.
Como nós também ao sermos alcançados e renovados pelo SENHOR, Gideão começa a viver a mudança:
Adora a Deus e restabelece o altar, símbolo do culto a Deus (Jz 6:24-27). Depois de ter sua fé renovada à primeira providência prática de Gideão foi restabelecer o símbolo do culto ao Senhor – o altar. Em nossa vida também não pode ser diferente. Mesmo que tenhamos trigo para malhar com inimigos se aproximando, o culto a Deus deve ser nossa prioridade. Se a atenção aos problemas e necessidades for primazia em nossa vida, fatalmente seremos derrotados; mas se como Jerubaal reerguermos o altar de adoração e concerto, Deus se agradará de nós e nos auxiliará em nossas pelejas e a vitória será questão de tempo.
Toca a buzina como um novo lider do povo de DEUS(Jz 6:34). Em ocasiões solenes e emergenciais o som da buzina tinha significados especiais para os israelitas, e quando ocorriam eram soprados por pessoas autorizadas. Imagine há quanto tempo à trombeta do ajuntamento estava à espera para que um juiz levantado por Deus a tocasse e conduzisse seu povo a vitória sobre o jugo midianita. É provável que em sua vida também haja necessidade desta manifestação e sonido de unção e autoridade de Deus.
Como você pode perceber não se trata de receitas mágicas, expressões triunfalistas ou mentalização positiva; infere em reconciliar-se com Deus, assentar-se sobre suas promessas, obedecer a seus mandamentos e esperar pelas maravilhas dEle em sua vida. A vitória de Gideão poderá se repetir na sua vida também, basta crer e fazer o que ele fez.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Verdadeira felicidade

Por Jonas Justiniano

Verdadeira felicidadeVerdadeira felicidade
Atos 16,19-25 “E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas, e os levaram à praça, à presença dos magistrados. E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade, E nos expõem costumes que não nos é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos. E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco. E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.”
Uma vez um amigo meu a quem ensinava sobre as Escrituras me perguntou: Jonas, o que você responderia a um pagão caso ele perguntasse qual é a vantagem em largar os prazeres do mundo pra viver para Cristo?
Confesso que, nos primeiros segundos eu fiquei apreensivo. Fiquei absolutamente apreensivo. Não sabia o que responder. Afinal, qual é a vantagem de largar os prazeres do mundo para viver uma vida de santidade? Depois de ficar uns minutos tentando enrolar, me veio em mente a passagem de Atos 16. Nessa passagem vemos o Apóstolo Paulo com seu companheiro Silas sendo açoitado e preso. Ora, mas o que isso tem a ver com a pergunta?
Tudo a ver. No Cristianismo que vivemos, vemos muitos pregadores afirmando que a felicidade está na carne. Eles afirmam que crer em Cristo é se opor a felicidade. Nos é ensinado que “renunciar a nós mesmos” é viver uma vida de tristeza. Esse pensamento é extremamente mundano. É o mundo que acredita que a felicidade está na carne.
O Apóstolo João, em sua Epístola, diz: “Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade.” (III João 1 : 4). Observem que o gozo dele não estava na carne, mas em saber que seus irmãos andavam em obediência. Paulo também nos ordena a nos regozijar nas coisas espirituais, e não nas carnais:
Filipenses 2,16-18 “Retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão. E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós. E vós também regozijai-vos e alegrai-vos comigo por isto mesmo.”
E por fim, Jesus nos ordena a regozijar-nos em nossa Salvação:
“Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.” (Lucas 10 : 20)
Com tudo isso mostrado, podemos entender o verdadeiro significado da Felicidade. O mundo se regozija em algo temporal, por isso a felicidade do mundo é temporal. O Cristão deve se alegrar em algo ETERNO (Lucas 10,20), por isso sua felicidade é contínua. Os ímpios podem estar ‘felizes’ enquanto estão adulterando, porém, se chegar um policial e prende-lo, toda a sua ‘felicidade’ vai embora. Com os Cristãos isso é diferente. Os Cristãos podem estar em um momento bem feliz e chegar algum guarda e os prender, porém, eles serão como Paulo e Silas, CANTARÃO LOUVORES AO REI DOS REIS!
Isso porque nossa felicidade não depende da situação exterior, mas interior. O Cristão tem seu interior preenchido pelo Espírito Santo, por isso ele se regozija e nunca perde a esperança, independentemente da situação externa.

NÃO HÁ PRAZER VERDADEIRO FORA DE CRISTO!

“Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias POR AMOR DE CRISTO. Porque quando estou fraco então sou forte.” (II Coríntios 12:10)
Jonas Justiniano

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

“Meu Reino não é deste Mundo” (Jesus)

CULTURA DO REINO -  “Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo,...

CULTURA DO REINO - 
“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (João 18:36).
Todo Reino tem uma Cultura
Jesus acabara de ser preso pelos romanos, a mando e à revelia dos judeus. Pilatos, na audiência, questionou a Cristo sobre o seu reinado. Logo, Jesus respondeu: “Meu reino não é deste mundo”.
Todo reino tem uma cultura, uma linguagem e suas leis. Obviamente, a linguagem que Jesus difundia em suas falas não era a cultura de uma sociedade da terra, daí a perseguição dos homens.
Como vimos nos evangelhos do reino, a cultura de Cristo é dinâmica, porém objetiva, prática e fácil de se ouvir. Para facilitar mais ainda, Ele aculturava o povo através de parábolas (simplificação da linguagem do reino).
Para entendermos melhor uma cultura é necessário estudá-la ou experimentá-la pessoalmente, não é mesmo? Toda cultura tem uma origem, um significado, um estilo de vida, um propósito e uma forma de implantar, proteger, defender, e consolidar e até perpetuar a sua existência. Os discípulos de Jesus queriam absorver tudo desta cultura do mestre.
O que é Cultura?
A palavra “cultura” vem do latim ‘colere’, significa cultivar, e inclui princípios, valores, comportamentos, crenças, costumes e leis. Numa cultura iremos encontrar atos de sua criação, difusão e até novas descobertas dentro do próprio pensamento cultural que emergem como ‘conhecimento’.
Reino de Deus tem uma cultura. A cultura da vida em abundância, a cultura da vida eterna através de Jesus, a cultura da eternidade do céu.
“Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mat 6:10).

Identidade Espiritual
No início Deus havia dado à Adão uma identidade espiritual semelhante a de Deus. A identidade do reino Dele. Adão havia recebido também um propósito deste reinado na terra, o domínio sobre os demais seres vivos (animais,vegetais), aqui na terra no lugar de Deus.
Mas, com o advento do pecado no Éden, Satanás passou a interferir neste planejamento, erguendo um cetro (acusador) de autoridade espiritual que deveria reinar originariamente através do espírito (puro) do homem que falhou. Assim, o homem passou a ser subjugado pelo mal no corpo, na alma e no espírito, afastando-o do reino de Deus.

“Boas Novas” é revelação da Cultura de Cristo
A notícia boa é que os planos de Deus são desde sempre infalíveis e absolutamente indestrutíveis!! Então, como o homem estava se arrastando em delitos e pecados, em meio à escuridão, implantada pelo reino das trevas, Jesus veio e reanimou para sempre todas as esperanças de vida para a humanidade, através de seu sacrifício único de salvação. Os que crerem nisto terão livre acesso ao Rei dos reis e Senhor dos senhores em um novo reino, aquele que não é deste mundo, nem reino das trevas, mas o Reino dos Céus!
“E VOS vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,  estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus”. (Efésios 2:1-7).

O Propósito do Reino de Cristo
A cultura de Cristo imprime uma linguagem nova, uma linguagem de redenção de pecados, uma nova identidade, a linguagem de um novo reino, uma nova terra, um novo céu! Este plano foi consumado na Cruz! O bastão de autoridade que estava em poder de  Satanás foi devolvido, através da autoridade de Cristo, ao Reino do Pai e do Filho e outorgada ao homem para governar espiritualmente sobre o pecado na terra! (Mt. 13:34).
Jesus se humilhou, desceu e chegou com um propósito e o cumpriu integralmente e sem falhas em sua missão (isto é compreendido apenas pela fé). Ele pagou a nossa dívida lá do princípio e riscou o nosso nome do SPC do inferno lá na Cruz!! Somente por isso, por Jesus, pela graça, pela fé e pelo novo nascimento, somos “LIVRES DE VERDADE”!!
Mas, o novo nascimento, não é apenas um teoria, é uma atitude de fé. Conhecer a Deus e crer Nele só de ouvir falar não dá direito ao reino Dele. É preciso converter os maus caminhos e andar com ele de verdade, como andava Adão lá no começo, diariamente em adoração plena, intensa e mais profunda.
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.” (Rm.6;14)
Neste sentido, no caminho da graça, podemos proclamar a cultura do reino como Jesus proclamou para cumprir o propósito do nosso Rei. Afinal, vida sem propósito não faz sentido algum!!!
nossa missão, tendo ou não chamado específico, é ÚNICA: proclamar o reino de Deus na terra. Esta é a proposta de liberdade para um mundo perdido e escravizado pelo reino das trevas!
“O qual nos tirou do reino das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”
(Colossenses 1:13).

A Linguagem do Reino
A linguagem do reino diz audível e inteligentemente, sem complicações que “JESUS É O SALVADOR E SENHOR DO REINO DOS CÉUS!!”
A todos nós, herdeiros, príncipes e princesas do Reino de Cristo, foi dada uma missão: promover e proclamar pela fé, em verdade, com perseverança, e através de uma linguagem de paz, vida, amor e perdão, a cultura do reino de Cristo.
Somos comissionados desde quando Jesus ascendeu ao céu. Ele disse: Eu envio vocês! IDE e falem a mesma linguagem que eu ensinei a vocês! Vocês também farão coisas maiores que as minhas.
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.” (João 14:12)
Independentemente de suas raízes doutrinárias, comportamento religioso ou estratégia de evangelismo na terra, o que importa mesmo é a proclamação do evangelho de Jesus na forma como Ele nos ensinou: de acordo com a vontade do Pai.
“Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou”. (João 5;30)
Como Cumprir a missão do reino de Cristo e de Deus?
Nesta cultura, não há o que se questionar! Jesus não estava ligado a ‘sistemas’ para cumprir a sua missão. Todos os cristãos somos missionários em potencial. Sem isso o evangelho do reino não faz sentido!  Não faz sentido aprender esta cultura e manter-se calado, omisso, secreto, temeroso, envergonhado para cumprir a sua missão.
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”. (Romanos 1:16)

Todos os cristãos têm a mesma missão para fazer a vontade do Rei. Sabemos o que fazer, e não há motivos para perdermos tempo com “falatórios inúteis e profanos que só engendram contendas” (II Tim. 2:16)A contenda é uma prisão, (Prov. 18:19) e dificulta a difusão daquilo que é realmente importante! Tristeza é ver (e até escrever sobre isto) um reino de obesos espirituais, aqueles que só querem receber comida, abrindo o bico que nem passarinhos, gritando e exigindo boa alimentação, como se fossem ‘degustadores críticos’ de restaurantes, voltando para casa com o ego e a “barriga cheia”, prontos para dormir e engordar. Acontece que é daí que se originam também as doenças da alma. Geralmente é desta cultura que vêm as contendas, divisões e enfraquecimento do reino.
Raras vezes vemos os trabalhadores do reino em discórdias nas igrejas. Aqueles que mais dividem o reino são os que não trabalham para o reino, que não multiplicam o reino, e que criticam doentia e pervertidamente o reino, represando e confundindo a linguagem e a cultura de Cristo. O propósito desta cultura é outro, não há espaço para o reino de Deus nesta sociedade e, em contrapartida, não há espaço para esta sociedade no reino de Deus.
“Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.” (Efésios 5:5).
“O evangelho NÃO precisa de críticos, precisa de CRISTO”
Evangelho é luz para os povos! É uma boa notícia. É um proposta otimista, mas não pessimista!! Então, a questão nunca foi “o que cumprir?” ou “quando cumprir”, mas “como cumprir” e “quanto cumprir” desta missão de inclusão do próximo no reino de Cristo??
Respondo: aculturando a nós mesmos e aos outros (família, parentes, vizinhos, amigos, comunidade, bairro, distrito, cidades, povos e nações) com a visão e a linguagem do reino de Cristo; influenciando o mundo com o evangelho da paz; “salgando” a vida sem sabor nesta terra e iluminando” o reino das trevas com a luz do evangelho do reino.
Temos a nossa congregação ou denominação, fazemos cultos de adoração, oramos em línguas, cantamos bonito, ensinamos, aprendemos, etc. Mas estas coisas em si mesmas não são um fim, e, sim um MEIO de fortalecimento do Reino de Deus e de Cristo para que haja o verdadeiro cumprimento do propósito do reino: A EXPANSÃO E MULTIPLICAÇÃO da cultura do Rei.
Reinados ou Reino?
É triste às vezes no Brasil a gente encontrar igrejas que mais parecem clubes fechados. Não precisamos de clubes fechados. É como se visitantes não  fossem bem vindos nesse ‘reinado’! Não se relacionam com nada ao redor, nem com vizinhos, nem com a sua própria comunidade, nem com irmãos das igrejas do bairro. Uma turva visão de reino de Cristo, visto que a cultura de Cristo é uma cultura expansiva, inclusiva e de relacionamentos sólidos, concretos e duráveis.
“Pastoreai espontaneamente, sem ganância, nem como dominadores do rebanho dado a vocês, mas tornem-se modelos”. (I Pe 5).
Jesus não pregou visão de reinados, nem de clubes e, sim VISÃO de REINO, cultura expansiva da glória de Deus!! O líder deve ser o modelo desta cultura! Engana-se quem ‘acha’ que tem um rebanho exclusivo sobre seu domínio e manipulação. Nós pastores cuidamos de ovelhas, mas NÃO somos os DONOS delas. Todo rebanho é de Jesus!
Um dia O PASTOR vai arrebatar estas ovelhas, ninguém poderá “proibir” este evento. Reino de Cristo é liberdade! As portas do evangelho precisam estar abertas para que os pecadores possam ser convidados a entrar e adorar ao Rei juntamente conosco. Estas mesmas portas também precisam estar abertas para que o evangelho saia para fora. Como deu Jesus ordem à Lázaro: VEM PARA FORA!!
Uma vez disse Billy Graham:
“A Bíblia não ensina que os pecadores procurem a igreja, mas ordena que a igreja saia em busca dos pecadores”.
o nosso reino não é deste mundo.
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”. (I Cor. 15:58).
O nosso reino não é deste mundo.
“Se a nossa esperança se limita apenas em coisas dessa terra, somos os mais miseráveis de todos os homens!”
(I Cor 15:19).
Até uma próxima gente!
BEM VINDO AO ANO DA CULTURA DO REINO! O ANO ACEITÁVEL DO SENHOR!!!
“Vocês são a luz do mundo. Portanto, que brilhe a luz de vocês diante dos homens para que eles, ao virem isso, GLORIFIQUEM A DEUS que está nos céus. (Mt. 5:13-16).
Claudinho Santos

domingo, 26 de janeiro de 2014

O que é ser cristão?

A primeira vez que a palavra ‘cristão’ que quer dizer ‘seguidor de Cristo’ aparece na Bíblia é em Atos 11.26....

A primeira vez que a palavra ‘cristão’ que quer dizer ‘seguidor de Cristo’ aparece na Bíblia é em Atos 11.26. Os antioquinos chamaram os discípulos de Jesus de ‘cristãos’ pelo fato de terem vivido juntos com eles por todo um ano.
A vida simples, amorosa e totalmente submissa a Deus que os discípulos cultivavam, só podia ser descrita como ‘cristã’ ou semelhante a Cristo. Essa definição nos obriga a entender que cristãos não são pessoas que fazem adesão por uma igreja local que se denomine cristã. Ser cristão é adotar o mesmo estilo de vida de Jesus Cristo.
No contexto de Atos 11.26 o testemunho de outras pessoas foi o que deu veracidade a fé cristã daqueles primeiros discípulos. Os apóstolos não puseram placas no local onde se reuniam chamando de cristã aquela igreja. Os antioquinos ouviam o testemunho de Jesus Cristo, como Ele andava, seu amor para com o próximo, sua rendição total ao Pai e viram que os seus servos reproduziam aquele mesmo estilo de vida de seu Mestre. Então ao pensar em cristianismo devemos pensar em IMITAÇÃO DE CRISTO.
Ainda que as coisas tenham mudado muito desde que os primeiros servos receberam essa definição, o principio ainda é o mesmo. Mesmo que a sociedade tenha usado termo ‘cristão’ para diferenciar a fé protestante das demais religiões, não é adequado pensar que ‘cristão’ é qualquer pessoa que acredita em Deus ou que simpatiza com a vida dos que servem a Jesus. Não é certo denominar de cristão uma pessoa que lê a Bíblia ou que vai aos cultos cristãos aos domingos. Não é correto pensar que cristãos sejam àquelas pessoas que decidiram se submeter ao batismo praticado pelos cristãos, ou optaram por dar 10% de sua renda mensal a uma igreja local. Pessoas fazem adesão por uma igreja local por inúmeras razões, e nem todas são nobres o bastante para classificarmos tal pessoa de cristã.
O apóstolo João parece querer nos dá uma noção correta sobre o significado de ser cristão ao afirmar: “E nisto sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele; aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou.
João especifica que a mera confissão de uma pessoa não faz dela cristã, ela precisa guardar as palavras de Jesus e imitá-lo no seu modo de viver. Permanecer em Jesus e andar segundo seu exemplo é a verdadeira credencial do cristão. Em outras palavras não é possível alguém ser cristão sem que antes esteja totalmente ligado a Ele pela obediência e pela imitação. Jesus ratificou o maior mandamento ao dizer quer era dever de todos os cristãos amarem a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Ser cristão de verdade, é amar a Deus com o máximo de intensidade possível e traduzir este amor ao próximo através de atos de cuidado, respeito e perdão incondicional. O verdadeiro cristão é marcado pela santidade, essa santidade não é possível senão pelo amor incondicional a Deus e ao próximo. Imitar a Jesus é a marca vital do cristão. Se alguém não o faz este tal não é cristão. O autentico cristão evita o pecado não por legalismo, mas por medo de entristecer o Espírito que lhe selou. Ele vive as virtudes de Cristo em seu dia a dia e o faz por ser de fato habitado pela presença viva e dinâmica do Espírito de Cristo em sua vida.
Ao criar o homem Deus o fez segundo a sua imagem e semelhança, mas o pecado o maculou e agora por meio do Espírito Santo, Deus quer que cada crente seja novamente transformado na sua imagem: Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor . A ideia aqui é a seguinte: uma pessoa se olhando num espelho e enquanto se observa, percebe pouco a pouco seu rosto se transformando no rosto do próprio Deus. Deus quer que cada um de seus filhos tenha traços de caráter como os dele. Há diversas citações no Novo Testamento que nos mostram o empenho dos líderes do primeiro século em manter na consciência dos primeiros cristãos a ideia da imitação de Cristo:
“Rogo-vos, portanto, que sejais meus imitadores.” (I Coríntios 4.16)
“Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.” (I Coríntios 11.1)
“Sede, pois imitadores de Deus, como filhos amados;” (Efésios 5.1)
“Irmãos, sede meus imitadores, e atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós;” (Filipenses 3.17)
“E vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.” (I Tessalonicenses 1.6)
“Pois vós, irmãos, vos haveis feito imitadores das igrejas de Deus em Cristo Jesus que estão na Judéia; porque também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que elas padeceram dos judeus;” (I Tessalonicenses 2.14)
“Para que não vos torneis indolentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas.” (Hebreus 6.12).
Vemos nestas palavras que o fim último do evangelho é tornar cada crente um verdadeiro imitador de Cristo. O apostolo Pedro diz que os cristãos possuem a natureza do próprio Deus: “Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça” .
João diz alguma coisa semelhante: “Aquele que pratica o pecado é do Diabo, porque o Diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado , porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus.”
Então os verdadeiros cristãos estão capacitados a viverem em imitação verdadeira da pessoa e do caráter de Cristo porque eles têm a natureza divina correndo por sua alma bem como tem a semente de Deus em suas vidas. A palavra “semente” é um antropomorfismo , no original grego João usa a palavra “sperma” que é a semente que dá vida aos homens. Em outras palavras, João está dizendo que ao ser regenerado pelo Espírito Santo, o cristão é gerado pelo próprio Deus afim de que possa viver como Deus em questões morais.
O verdadeiro cristão não se torna imitador de Deus por mera disciplina, mas por um processo natural do Espírito de Deus que trás para o crente o “DNA” de Deus. Esse “DNA” faz do crente um filho de Deus e suas ações atestam esse fato. Esses recursos divinos lhe permitem reproduzir com o poder do Espírito Santo uma vida de imitação da pessoa de Jesus Cristo.
No capitulo três da sua primeira carta, João enfatiza características das pessoas que possuem o DNA de Deus e características de pessoas que possuem o DNA do Diabo. O apóstolo do amor ensina-nos que as pessoas que tem o DNA de Deus são capacitadas para não vivem suas vidas diferentes daquela escolhida pelo próprio Deus. Enquanto que aqueles que têm o DNA do inimigo, são incapazes de produzirem obras que agradam a Deus.
Mas qual é o DNA de Deus? Quais são os traços de caráter que os cristãos devem ter por serem filhos de Deus?
Ora, os traços de caráter que Deus quer que seus filhos tenham são simplesmente o fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” . O que vem da semente é o fruto, nada mais lógico do que isso! Um verdadeiro cristão produzirá esse fruto em sua vida de modo que não haja diferença entre sua vida cristã e sua conduta diária.

Rosivaldo