domingo, 24 de fevereiro de 2013

Dicas de como o seu filho precisa de você conforme vai crescendo

Neste artigo, algumas dicas ensinam como os pais devem agir com os filhos conforme eles vão crescendo

Fonte: Guiame

A editora Mundo Cristão publicou em seu blog o texto '7 dicas para construir um sentido de significado para seus filhos'.
 
O texto foi extraído do livro "Sete Necessidades Básicas da Criança", de John Drescher.
 
Confira o artigo na íntegra:
 
 
1. Sua atitude como pai em relação a você mesmo é básica e afetará a autoestima de seu filho. Se você, como pai, tem um sentido de dignidade e valor, transmitirá isso a seu filho.
 
2. Deixe que seu filho ajude em casa. Crescer é ser necessário. “Deixe que eu faço” começa cedo. A tentação é afastar a criança e fazer você mesmo. Mas a criança pequena gosta de ajudar e precisa de experiências significativas, para aprender a ser responsável. De que outra forma uma criança aprenderá a fazer doces, pintar a cerca ou pregar pregos? Elogiar a criança desde cedo quando ela faz peque nos serviços dá-lhe uma sensação de significado. Mais tarde, as tarefas diárias produzirão um sentimento de realização habitual. Bruno Bettelheim escreve: “A convicção sobre o próprio valor só pode resultar do sentimento que a pessoa tem de que seu trabalho é importante e que ela se desempenha bem nele”. Deixe então que a criança ajude. Evite a frase penosa: “Oh, você não pode fazer isso”.
 
3. Apresente seu filho a outros. Um amigo meu que é editor viajou pelo país a serviço de uma revista para a juventude. Ele contou-me que quase sempre podia prever o clima do relacionamento entre os jovens e seus pais ao observar se estes apresentavam seus filhos a ele pelo nome. O nome é muitíssimo importante para a criança, bem como para o adulto. Quando os pais ou outras pessoas consideram a criança digna de ser apresentada pelo nome, isso contribui para que ela desenvolva um senso de dignidade.
 
4. Deixe que a criança fale por si. Nós muitas vezes humilhamos uma criança falando por ela. É grosseiro por parte dos pais responderem a uma pergunta feita à criança. Tive ocasião de ouvir perguntas feitas a estudantes universitários respondidas pelos pais. Por exemplo: “Como está indo a faculdade?”, e o pai responde: “Ah, ela está indo muito bem, é a primeira da classe”. Ou “Ele entrou na equipe de futebol”.
 
Num grupo de conselheiros para a juventude, foi dito que são os pais que geralmente falam quando um jovem é levado para uma entrevista. Essa é sem dúvida uma grande parte do problema. Por que os pais falam pela criança, minando seu autorrespeito e diminuindo seu significado? Porque os pais não respeitam a criança como uma pessoa e querem afirmar a própria importância. Ao fazer isso eles advertem a criança de que ela é insignificante e desqualificada para falar por si.
 
                             pai e filho
 
5. Dê à criança o privilégio da escolha e respeite suas opiniões sempre que possível. A personalidade se desenvolve à medida que se tomam decisões. As crianças devem ter muitas oportunidades para escolher, aprendendo a viver com os resultados de suas decisões. Certos assuntos exigem a decisão dos pais, como é natural. Mas diversas escolhas não têm nenhum significado moral ou eterno. Quando permitimos que a criança faça a escolha, nós lhe damos um sentimento de significado.
 
6. Passe tempo com seu filho. Quando os pais não dão atenção ao filho, este exigirá essa atenção de modo desagradável, tal como choro sem motivo, brigas e outros padrões negativos de comportamento. Um menino pequeno ficou olhando o pai encerar o carro e perguntou:
 
— Papai, o seu carro vale muito, não é?
— É verdade — respondeu o pai. — Ele custou caro.
Vale a pena cuidar dele. Quando tiver de vendê-lo, posso receber mais se estiver bem cuidado. Depois de refletir um pouco, o menino disse:
— Pai, acho que eu não valho muito, não é?
Nós transmitimos a nosso filho um senso de autorrespeito quando reservamos tempo para ouvir suas preocupações, quando baixamos o jornal que estamos lendo para dar-lhe atenção, quando olhamos em seus olhos ao falar conosco.
 
Outro menino aproximou-se do pai que lia o jornal. Ele tentou mostrar-lhe um pequeno arranhão que fizera na mão. Aborrecido com a interrupção, o pai, ainda olhando para o jornal, respondeu:
— Não posso fazer nada por causa disso, posso?
O pequeno respondeu:
— Pode sim, papai, você pode dizer: Coitado!
Uma mulher contou que seu filho pequeno aproximou-se dela durante dois dias, reclamando de uma bolha no dedo. A cada vez ela lhe disse: “Você precisa ter mais cuidado para não se machucar”, mas não examinou a mão dele. Antes de deixá-lo com uma babá para participar de uma conferência sobre problemas de relacionamento entre pais e filhos, ela finalmente parou para olhar a mão do menino. Imediatamente percebeu que ele precisava de cuidados médicos, pois uma farpa que entrara no dedo da criança tinha provocado infecção. Desejou ter prestado antes atenção ao problema do filho.
 
7. Encoraje o sentimento de dignidade e importância, confiando ocasionalmente a seu filho coisas que lhe causem surpresa. Há algum tempo minha irmã e sua família vieram visitar-nos.
— Onde está o Jerry? — todo mundo queria saber.
Seu filho de catorze anos não viera com eles. O pai respondeu:
— Nós o deixamos em casa para providenciar a venda de um trator.
Ficamos espantados com a ideia, mas os pais de Jerry estavam completamente tranquilos. E que sentimento de valor o rapazinho deve ter tido!
 
Certa família colocou o nome dos filhos adolescentes, de treze e quinze anos, na conta conjunta. “Por que não?”, perguntou o pai. “Devo confiar mais nos banqueiros do que em meus filhos?”
 
As crianças ficam mais responsáveis e se desempenham melhor quando mostramos confiar nelas. Confiança por meio de coisas que até possam surpreendê-las irá ajudá-las a ter um senso de dignidade e valor, algo básico para a vida. Um dos maiores presentes que você pode dar a seu filho é ajudá-lo a gostar de si de forma saudável.

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