terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A fé que move colocíntidas

Por Rodrigo Faria

A fé que move colocíntidasA fé que move colocíntidas
Sempre me impressionou o fato de milhares de peregrinos investirem suas forças (alguns deles sem possuí-las) no trajeto de ida até uma pequena cidade que fica aproximadamente a uns noventa quilômetros da cidade onde moro (León).
Durante os dias de Janeiro que marcam a “festa” que os atraem, é comum encontrarmos pelas ruas, avenidas e estradas que rodeiam nossa cidade, pessoas de todas as idades, que saem de suas casas em busca de alimento espiritual, algumas delas Portadoras de Necessidades Especiais.
Segundo o Jornal AM; o evento mobiliza todas as cidades da região, que põe a disposição dos peregrinos, patrulhas de trânsito, Corpo de Bombeiros, e outra multidão – que em seus carros, motos e bicicletas – oferecem ajuda pelo caminho. 1
Algumas empresas são obrigadas a liberar o dia para os trabalhadores que desejem faltar para seguir a peregrinação, e pasmem, mesmo que algumas empresas não lhes libere, eles saem rumo ao trajeto proposto de todas formas.
Do nosso lado, (evangélicos), temos que fazer um esforço tremendo, para que as pessoas assistam com boa frequência as classes da Escola Dominical, alguns dos membros de nossa igreja, se desanimam por terem que caminhar a interminável distância de cinco minutos até chegarem à igreja.
A fome espiritual leva as pessoas a buscarem por alimentos que possam satisfazer suas necessidades básicas de sobrevivência espiritual. Nessa busca, alguns leigos são levados a colherem alimentos enganosos, alguns deles mortais. Nessa hora é onde a igreja evangélica, que professa conhecer a “verdade” deve estar presente, anunciando profeticamente, onde encontrar os verdadeiros nutrientes para enriquecer a alma e espírito daqueles que se deixam enganar pela aparência das colocíntidas(uma parra brava, conhecida por ser venenosa):
“Então um deles saiu ao campo a apanhar ervas, e achou uma parra brava, e colheu dela enchendo a sua capa de colocíntidas; e veio, e as cortou na panela do caldo; porque não as conheciam.
Assim deram de comer para os homens. E sucedeu que, comendo eles daquele caldo, clamaram e disseram: Homem de Deus, há morte na panela. Não puderam comer.”
Note, que por não conhecer que tipo de alimento é o que estavam apanhando, “um deles” acabou por colher e servir aos outros – o alimento mortalmente equivocado. O problema está, em que hoje, muitos homens de Deus se escondem, impedindo as pessoas de os chamarem quando percebam que o alimento que está sendo servido não produz vida, senão morte.
Eliseu fez a sua parte, transformou a morte que havia na panela em vida para os filhos dos profetas, e nós? O que temos movido com a nossa fé? Somos capazes de oferecer vida aos que estão comendo alimentos que causarão danos severos em sua saúde espiritual?
Ou não percebemos o perigo das colocíntidas espalhadas nas mesas espirituais das pessoas que vivem ao nosso redor?
Que Deus tenha misericórdia do seu povo!
Deus abençoe,
Rodrigo Faria

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