segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Perdas e ganhos

Nossas perdas nem sempre não ruins! O estilo de vida que tem se tornado comum entre nós, ocidentais, tende para...

Perdas e ganhosPerdas e ganhos
Nossas perdas nem sempre não ruins!
O estilo de vida que tem se tornado comum entre nós, ocidentais, tende para um materialismo exacerbado. A herança norte-americana que recebemos nos fez um povo com valores medíocres. Somos extremamente consumistas e fizemos do capitalismo nossa melhor maneira de viver. Em consequência disso tornamos as coisas que em outro tempo eram extravagantes em coisas fundamentais, sem as quais não admitimos viver. Isso tem feito diversos estragos no caráter da nação brasileira. Pois queremos a todo custo desfrutar da totalidade da herança norte-americana sem termos recursos ou razão para isso. O mais terrível disso tudo é o fato de que o próprio meio cristão está se inserindo a largos passos neste cenário criando não apenas uma visão materialista entre os cristãos, mas também uma disposição para um sofrimento desnecessário.
Na vida pouco perdemos, muito ganhamos, mas nos apegamos demais. Apegamo-nos a coisas que não têm om valor que lhes empregamos. Associamos as bênçãos de Deus quase que especificamente aos bens materiais que adquirimos.
Jó nos trás uma lição valiosa na declaração que fez ao ser aconselhado a negar a Deus: “Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” .
Primeiro: Jó tinha certeza de que a sua vida não estava nas mãos do diabo, mas nas mãos de Deus. Segundo: Jó sabia que as coisas que Deus lhe havia dado não eram eternas. Terceiro: Jó entendeu que a única riqueza que não vale a pena perder é a riqueza espiritual, a comunhão com Deus. Quarto: Jó entendeu que nenhuma perda por mais severa que seja, pode fazer com que o servo de Deus duvide do amor e dos cuidados de Deus.
Deus nos concede o empréstimo de muitas coisas ao longo das nossas vidas. Ele nos empresta nossos pais, familiares, trabalhos, cônjuges, filhos, saúde, recursos materiais, portas abertas, etc. tudo isso Deus nos empresta com claros e determinados propósitos, propósitos esses que, na maioria das vezes descumprimos. Mas todo empréstimo tem uma devolução. Quando chega o tempo de devolver nosso emprego, nossos pais, nossos cônjuges, nossa saúde e nossas portas, nós sofremos bem mais do que devíamos porque nunca vimos que o que tínhamos conosco não eram patrimônios eternos, mas empréstimos provisórios. Claro que nos adaptamos a viver bem com tais coisas e não há nenhum problema nisso, contudo, muitas pessoas perdem as únicas coisas que não devem se perder quando esses empréstimos são devolvidos.
O capitulo três de Eclesiastes nos ensina que todas as coisas são temporais. Salomão nos ensina que “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz” .
Há um tempo para todas as coisas, e a duração de cada coisa é o período determinado para ela cumprir seu propósito. Claro que isso não quer dizer que todas as coisas alcançam o cumprimento do seu real propósito. Tem pessoas que vivem muitas décadas sem, contudo, sequer chegar perto do que era o seu propósito de vida. Por mais difícil que seja aceitar o fato de que as coisas acabam (mesmo as boas), gera um sentimento que por muitas vezes leva muitas pessoas a perdem a fé.
Um dos biógrafos de Charles H. Spurgeon diz que na hora em que Spurgeon morreu, sua mulher dobrou o joelho próximo ao corpo do marido e orou: “Senhor obrigado pelo tempo em que o Senhor me emprestou o seu servo. Agora eu o devolvo a Ti”. Com certeza essa foi uma ação extremamente correta diante da perda que ela sofreu. Mesmo não sendo essa uma reação fácil de realizar diante das perdas mais marcantes como o falecimento de um cônjuge. Esse fato nos conduz a conclusão de que essa mulher entendeu que seu esposo cumpriu seu propósito e agora que o terminou, precisava ser devolvido para o seu Senhor.
Quando perdemos o emprego ou a saúde não quer dizer que devemos nos entregar a depressão e a amargura, mas quer dizer que precisamos fazer um balanço de como temos vivido a nossa vida e se cumprimos nosso propósito no lugar onde Adeus nos pôs. Quando uma loja precisa fazer balança, ela fecha suas portas e reúne os funcionários, quando Deus quer que façamos um balanço em nossas vidas Ele fecha as portas e permite com que nossos pensamentos e sentimentos mais profundos nos apertem e nos espremam para que revejamos nossos conceitos, ajustemos nossa maneira de administrar nosso tempo, nossa fé, nossa vida e nossos relacionamentos.
Qual propósito sua vida tem cumprido?
As portas que hoje estão fechadas na sua vida, sugerem que faça você um balanço, em qual área da sua vida você vê a urgência desse balanço?
Há duas coisas que podem ocorrer quando enfrentamos as perdas: desistir de lutar ou fazer o balanço necessário e prosseguir em frente mudando todas as coisas que travam seu crescimento.
Rosivaldo

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